RESUMÃO DO CONTEÚDO
PARA A PROVA TRIMESTRAL –
3º TRIM. 2022.
Classificação das palavras quanto ao NÚMERO DE SÍLABAS
As sílabas são fonemas (sons)
ou grupos de fonemas pronunciados por meio de apenas uma emissão
sonora.
As vogais são a
base das sílabas que
compõem as palavras.
Com relação ao número de sílabas, as
palavras podem ser classificadas em:
1)
Monossílabas: palavras
formadas por uma única sílaba.
flor aí sim |
rim rum ar |
quão já nem |
2)
Dissílabas: palavras
formadas por duas sílabas.
ali: a-li dever: de-ver solda: sol-da |
você: vo-cê cores: co-res dica: di-ca |
3)
Trissílabas: palavras
formadas por três sílabas.
camada: ca-ma-da atrair: a-tra-ir janeiro: ja-nei-ro |
salada: sa-la-da passear: pas-se-ar figueira: fi-guei-ra |
4)
Polissílabas: palavras
formadas por mais de três sílabas.
borboleta: bor-bo-le-ta Mariana: Ma-ri-a-na |
prateleira: pra-te-lei-ra panelinha: pa-ne-li-nha |
retângulo: re-tân-gu-lo adormecido: a-dor-me-ci-do |
Classificação das palavras quanto à TONICIDADE,
ou Acentuação TÔNICA
Quanto à tonicidade, as palavras são classificadas
em três grupos:
1• Oxítonas (quando a última sílaba é
a tônica) → Sol, Café, Paraná, Aerossol.
2• Paroxítonas (quando a penúltima
sílaba é a tônica) → Álbum, Amigo, Felicidade.
3• Proparoxítonas (quando a
antepenúltima sílaba é a tônica) → câmara, Lâmpada, Abóbora.
Lembre-se.:
Acentuação TÔNICA não é o mesmo que
Acentuação GRÁFICA, aqui pense somente na sílaba tônica (pronúncia mais
forte). As OXÍTONAS e as PAROXÍTONAS, nem todas são acentuadas, cada
classificação tem suas próprias regras.
O único caso em que as duas acentuações combinam
é o das proparoxítonas, pois todas são acentuadas, ou seja, basta
ser proparoxítona para ser acentuada.
Ex.: paralelepípedo
e lógica e república
Acentuação Gráfica
A
acentuação gráfica é a colocação de um sinal gráfico para indicar
a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos
gráficos são:
·
acento agudo (´) – Tem som Aberto.
·
acento grave (`) – Tem som Aberto.
·
acento circunflexo (^) – Tem som Fechado.
Os
acentos gráficos servem para estabelecem, por meio de regras, a
sonoridade/intensidade das sílabas das palavras.
1.
Oxítonas que recebem acento.
a)
As
terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e ou -o seguidas ou não de -s. |
está, estás, já, olá;
até, é, és, olé, pontapé(s); vó(s), dominó(s), paletó(s), só(s) |
cortês,
dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr),
robô(s) |
|
bebê; bidê; canapé ou canapê; crochê; matiné ou matinê. |
|
b)
Quando
conjugadas com os pronomes oblíquos:-lo(s) ou -la(s), terminando
com a vogal tônica aberta e deixar de ser Infinitivo Impessoal. |
adorá-lo (de adorar +
ele) ou adorá-los (de adorar + eles); fá-lo (de faz + ele) ou fá-los (de faz
+ eles). |
detê
-lo(s); fazê -la(s); vê -la(s); compô-la(s); repô-la(s); pô-la(s) |
|
c)
Com
mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado -em e -ens. |
acém, detém, deténs,
entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também |
d)
Terminadas
com ditongo aberto -éu, éi ou -ói, seguidos ou não de -s. |
anéis, batéis, fiéis,
papéis, chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); herói(s), remói |
2.
Paroxítonas que recebem acento.
a)
As que
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -o, -i
e -u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -s, e algumas formas do
plural, que passam a proparoxítonas. |
dócil, dóceis; fóssil, fósseis; réptil, répteis;
córtex, córtices; tórax; líquen, líquenes; ímpar, ímpares |
cônsul, cônsules; têxtil, têxteis;
plâncton, plânctons |
|
É admitida dupla grafia
em alguns casos. Ex.: fêmur e fémur; ónix e ônix; pónei e pônei; ténis e
tênis; bónus e bônus; ónus e ônus; tónus e tônus |
|
b)
As que
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o
e -u, e que terminam em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns, são
acentuadas nas formas singular e plural das palavras. |
órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão, órgãos; sótão,
sótãos; jóquei, jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris, júri, oásis, álbum,
fórum, húmus e vírus |
Estêvão, zângão, escrevêsseis, ânus |
|
c)
São grafadas com acento circunflexo as formas dos verbos
"ter" e "vir", na terceira pessoa do plural
do presente do indicativo ("têm" e "vêm").
O mesmo é aplicado em algumas formas verbais derivadas. |
abstêm, advêm, contêm, convêm,
desconvêm, detêm, entretêm, intervêm, mantêm, obtêm, provêm, sobrevêm |
d)
Não é usado o acento circunflexo nas palavras
paroxítonas que contêm um tônico oral fechado em hiato com terminação -em,
da terceira pessoa do plural do presente do indicativo. |
creem, deem, descreem, desdeem, leem, preveem,
redeem, releem, reveem, veem |
e)
Não é usado o acento circunflexo com objetivo de
assinalar a vogal tônica fechada na grafia das palavras paroxítonas. |
enjoo – substantivo e flexão de enjoar |
f)
Não são usados os acentos circunflexo e agudo para
distinguir as palavras paroxítonas quando têm a vogal tônica aberta ou
fechada em palavras homógrafas de palavras proclíticas no singular e plural. |
para – flexão de parar. |
Acento
Diferencial. Fique Atento! |
|
O acento circunflexo
é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa
do singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para
distingui-la da forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode. |
|
O acento circunflexo
é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo.
Isso ocorre para estabelecer distinção da forma correspondente no pretérito
perfeito do indicativo: demos. |
|
Também é facultativo o uso
de acento circunflexo no substantivo fôrma como distinção do
verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma. |
|
Vogais tônicas
|
|
g)
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas recebem acento, quando formarem sílabas
sozinhas, seguidas ou não de “s”. |
aí, atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú,
jacuí, Luís, país, alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de atrair),
atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes,
recaída, ruína, saída e sanduíche. |
Piauí - teiú – teiús - tuiuiú – tuiuiús. |
|
atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s),
possuí-la(s)-ia. |
|
h)
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras oxítonas
e paroxítonas não recebem acento quando são
antecedidas de uma vogal com a qual não formam ditongo, e desde que não
constituam sílaba com a consoante seguinte nos casos de -nh, -l, -m, -n, -r e
-z. |
bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra, ruim, ainda,
constituinte, oriundo, ruins, triunfo, atrair,influir, influirmos, juiz e
raiz. |
3.
Proparoxítonas
que recebem acento.
Todas as palavras Proparoxítonas
|
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo, fenômeno,
gênero, topônimo, Amazônia, Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e tênue |
cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico,
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada,
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego. Amêndoa, argênteo,
côdea, Islândia |
4.
A crase
A crase é usada na contração
da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo a:
à (de a + a), às (de a + as). Obs.: A crese é proibida antes de palavras
masculinas. |
|
Também
é usada a crase na contração da preposição "a" com os pronomes
demonstrativos: |
·
àquele(s) ·
àquela(s) ·
àquilo ·
àqueloutro(s) ·
àqueloutra(s) |
5.
O trema
O trema
só é utilizado em nomes próprios e nas suas derivadas. |
Müller - de mülleriano |
O USO DOS PORQUÊS
Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês:
1 |
2 |
Por que: |
Por quê: |
Utilizado em
perguntas (no início ou no meio) |
Utilizado no
final das perguntas, antes do ? |
Exemplo: Por que
não voltamos para a casa? |
Exemplo: Você não gosta
dessa matéria, por quê? |
3 |
4 |
Porque: |
Porquê: |
utilizado em
respostas e explicações. |
Possui o valor
de substantivo e indica o motivo, a razão. |
Exemplo: Porque
agora não temos tempo. |
Exemplo: Gostaria de
saber o porquê não fala mais comigo. (está substantivado pelo
Artigo ‘O’) |
ENCONTROS VOCÁLICOS
É o
encontro de duas (ou mais) vogais em
uma mesma palavra. Podem estar na mesma sílaba ou
não, desde que não haja nenhuma consoante entre elas.
O que são Vogais e Semivogais?
A vogal
é a letra de som mais forte na sílaba (pode ser qualquer
uma das 5 vogais), a vogal de som mais
fraco é a semivogal
(Apenas duas letras podem ser semivogais: “I” e “U”.
Exemplos:
“CADEIRA” -
Na palavra “CADEIRA”, a sílaba “DEI” tem uma vogal com o som bem forte (“E”), e
uma semivogal, ou seja, uma vogal com som mais fraco (“I”).
“OURO” -
Da mesma forma, na palavra “OURO”, a sílaba “OU” tem uma vogal (“O”) e uma
semivogal (“U”).
DITONGO
Acontece
quando uma vogal e uma semivogal aparecem juntas na
mesma sílaba. Ele pode ser:
1-
Ditongo crescente - quando a semivogal
está antes da vogal.
Exemplos:
semivogal + vogal = ditongo crescente
·
LÍNGUA – QUASE – IGUAL –
LINGUIÇA - FREQUENTE
ATENÇÃO! Quando
as vogais não são pronunciadas, não há
encontro vocálico. Exemplo: na palavra “QUEBRAR”,
a letra “U” não tem som, portanto, não há encontro vocálico.
2- Ditongo decrescente
Quando a vogal
aparece antes da semivogal. Esse tipo de ditongo é mais comum que o
ditongo crescente.
Exemplos:
vogal + semivogal na mesma sílaba = ditongo decrescente
·
BOI – MAU - MUI-TO - PEI-XE - PAI
3- Ditongo oral
Quando o som
passa apenas pela boca.
Exemplos
e tente ler em voz alta para perceber como esse som é feito:
·
REI - POU-CO – CÉU - HE-RÓI - A-ZUIS
4- Ditongo nasal
O som é
um pouco nasalizado, o ar passa pela boca e pelo nariz.
Exemplos
e tente ler em voz alta para perceber como esse som é feito:
·
CÃI-BRA -
MUI-TO
Muitos
ditongos nasais têm o som nasalizado representado por letras que não são a
letra “I” ou a letra “U”. No entanto, quando falamos a palavra, o som que sai é
similar àquele representado por essas letras. Leia em voz alta:
·
MÃO – PÃES -
Nesse caso, a letra “O” tem o som da semivogal “U”, enquanto a letra E tem o
som da semivogal “I”.
·
VE-NHAM - BEN-ZI-NHO
- Agora, apesar de serem usadas as letras “M” e “N”, que são consoantes, elas
representam o mesmo som da semivogal “U” (em “VENHAM”) e da semivogal “I” (em
“BENZINHO”).
TRITONGO
Quando
há o encontro de uma vogal entre duas semivogais.
semivogal + vogal + semivogal na
mesma sílaba = tritongo
O
tritongo pode ser oral ou nasal.
1- Tritongo oral
Ocorre quando o
ar passa apenas pela boca.
Exemplos
abaixo em voz alta para perceber como isso ocorre:
·
URUGUAI –
PARAGUAI – ENXAGUAI - IGUAIS
2- Tritongo nasal
Ocorre
quando o ar passa pela boca e pelo nariz.
Exemplos
abaixo em voz alta para perceber como isso ocorre:
·
SAGUÃO – QUÃO -
ENXÁGUAM
ATENÇÃO! A
vogal “O”, nas palavras “SAGUÃO” e “QUÃO”, representa o som vocálico da
semivogal “U”. Da mesma forma, na palavra “ENXÁGUAM”, a letra “M” também
representa o som vocálico da semivogal “U”.
HIATO
Ocorre
quando há dois sons de vogais seguidos (não tem
Semivogal). Como ambos são sons de vogais (e, portanto,
fortes e marcados), eles não ficam na mesma sílaba.
Exemplos
abaixo: vogal + vogal em sílabas separadas = hiato
·
HI-A-TO - BA-Ú - PA-ÍS - SA-Ú-DE - ZO-O-LÓ-GI-CO
·
4. ENCONTRO CONSONANTAL
É o encontro de consoantes nas palavras, sem a
presença de vogal entre elas.
Exemplos: atlas, pneu, adjetivo.
1. Os
encontros consonantais podem ser perfeitos (ECP) ou imperfeitos
(ECI).
a) Os encontros
consonantais perfeitos - são aqueles em que as consoantes ficam
juntas na mesma sílaba quando essas são separadas. Também é chamado de
encontro consonantal puro.
Ex.:
cli-en-te, trei-no, plu-ma, glú-tem, psi-co-lo-gi-a.
b)
Os encontros consonantais imperfeitos são
aqueles em que as consoantes ficam sílabas separadas. Esse encontro também é
chamado de encontro consonantal disjunto.
Ex.:rit-mo, al-ge-ma,
lis-ta, ob-je-to, sor-te
Atenção: Numa única palavra podem ocorrer um
encontro consonantal perfeito e um encontro consonantal imperfeito.
Ex.: Ilust-re, des-tro,
des-tru-ir
Obs.: Palavras que contenham uma consoante
seguida das consoantes “l” ou “r” geralmente não se
separam. O mesmo acontece nos encontros consonantais que ocorrem no início das
palavras.
Palavras Com Encontro consonantal |
Blu-me-nau blu-são Clei-ton cra-te-ra dra-ma al-fa-ce cor-rup-ção ét-ni-co mag-ní-fi-co ob-je-to |
trem ab-sin-to ad-mi-tir ad-vo-ga-do af-ta sub-lo-car tos-ta-do sor-te sus-to tor-ta |
dro-me-dá-rio flu-ir fra-se glú-ten li-vro pla-no mnê-mi-co pneu-má-ti-co psi-co-lo-gi-a par-tí-cu-la |
5. DÍGRAFO
Dígrafo é o encontro de duas letras que representam
um único fonema (SOM). Há dois tipos de dígrafos: dígrafo consonantal e dígrafo vocálico.
Lembre-se! Dígrafo vem
de “di”, que é o mesmo que dois e grafo (escrever). Tem
duas letras, mas com o som de uma só.
a) Dígrafo
Consonantal - Encontro de duas letras que representam um fonema
consonantal. Os principais são: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu.
Ex.: chave, chefe, olho, unha,
dinheiro, arranhar, arrumação, ossos, assadeira,
descer, crescer, desço, cresça, exceder,
excelência, quilômetro.
Obs.: É importante
frisar que gu e qu são considerados dígrafos
se seguidos de e ou i, mas somente quando não são
pronunciados, se pronunciados deixam de ser dígrafo.
Ex.: Queixa, dengue (dígrafos). Em aguentar,
linguiça, guaraná, o u é pronunciado.
6. DIFERENÇA ENTRE
ENCONTRO CONSONANTAL E DÍGRAGO.
No encontro consonantal todas as consoantes
são pronunciadas, no dígrafo, as duas letras juntas, emitem um único
som.
Assim, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu são
dígrafos. Lembrando que gu e qu são dígrafos quando, ao ser acompanhados
por “e” ou “i” e o “u” não é
pronunciado, como em águia e questionário (diferente de linguiça
e tranquilo).
Palavras com dígrafo |
chave alho andorinha serrote |
desço excelente dengue querosene |
assado nascido aquilo guitarra |
Classes gramaticais ou Classes de palavras
-
O que é Classe Gramatical?
Classe gramatical
ou classe de palavra é a classificação das palavras em grupos, de
acordo com a sua estrutura sintática (função na frase ou oração) e morfológica
(estrutura). Existem dez classes gramaticais, sendo elas:
1 - Substantivo |
3 - Adjetivo |
5 – Numeral |
7 - Advérbio |
9 - Conjunção |
2 - Artigo |
4 - Pronome |
6 - Verbo |
8 - Preposição |
10 - Interjeição |
- As classes gramaticais podem ser variáveis e
invariáveis.
1)
Palavras VARIÁVEIS são
as podem alterar sua forma de expressão, que podem ser de:
Gênero |
Número |
Grau |
Masculino Ou Feminino |
Singular Ou Plural |
Aumentativo ou Diminutivo |
Pessoa |
Tempo |
Modo |
1ª 2ª 3ª |
Presente Passado Futuro |
Indicativo Subjuntivo Imperativo |
2)
Palavras INVARIÁVEIS são
aquelas que permanecem iguais, independente se estão sendo usadas no plural, singular,
masculino ou feminino. Ou seja, diferentemente das variáveis, elas não
apresentam flexões.
- Quais são classes gramaticais?
1.
Substantivos são palavras responsáveis por nomear qualquer
coisa ou ser. Nomes próprios, objetos, seres vivos, locais, fenômenos. Possui
variações de gênero, número e grau.
Exemplos: caderno,
bolsa, Victor, jumento, Itália, felicidade, etc.
2.
Artigos são palavras que antecedem o
substantivo. Eles auxiliam na identificação e
na formulação daquelas palavras. Acompanham as flexões dos
substantivos, em gênero ou número.
Exemplos: o, a,
os, uma, uns, etc.
3. Adjetivos servem
para caracterizar os substantivos (atribuição
de qualidades). Também sofrem flexões de: Gênero
(masculino ou feminino); Número (singular ou plural); e Grau (comparativo ou
superlativo).
Exemplos: bonita,
inteligente, charmoso, irritante, etc.
4.
Pronomes são as palavras que acompanham (ou
substituem) os substantivos, interligando sua
posição em relação ao texto. Ou seja, indicam a relação entre os termos ditos
dentro de uma fala. Flexionam-se em gênero, número e pessoa.
Exemplos: eu,
mim, Vossa Excelência, sua, aquela, quem, que, etc;
Obs.: Há
inúmeras subdivisões de pronomes que podem variar significativamente de acordo
com sua função e indicação na frase.
5.
Numeral palavras que atribuem
quantidades aos seres ou os dispõe em determinada
sequência. Os numerais transmitem, em palavras, o que os números indicam em
relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3,
etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Exemplos: primeiro,
quatro, cinco, duplo, etc.
6. Verbos representam
a classe gramatical utilizada para indicar ações,
estados ou fenômenos de algo que ocorreu, ocorre ou
ocorrerá, em função de qualquer sujeito e qualquer tempo. É a classe que mais
sofre flexões (chamadas de conjugações).
Exemplos: escrever,
sairá, comerão, voltaram, etc.
7.
Advérbios são palavras modificadoras que atuam
sobre verbos, adjetivos ou, até mesmo outros
advérbios. Isso acontece através da expressão
de tempo, modo ou intensidade, dando outro
caráter ao elemento relacionado. Sofrem flexão apenas
de grau, utilizada de forma comparativa
ou superlativa (exagerada).
Exemplos: demais,
ali, melhor, pior.
8. Preposições são invariáveis, pois
não possuem flexões. São utilizadas especificamente para fazer a conexão, ou
relação, entre dois elementos de uma oração.
Exemplos: para,
de, após, entre, etc
9.
Conjunções (invariáveis), são
usadas para realizar a ligação de dois termos ou duas orações de
mesmo valor gramatical.
Exemplos: Conforme,
porém, portanto, mas, etc.
10.
Interjeições fazem parte da classe gramatical utilizada
para exprimir reações emotivas
ou de sentimentos de forma escrita.
Exemplos: Ai!
Psiu! Ui! Olá! Opa!
AGENTE DA PASSIVA
·
Normalmente o sujeito é quem pratica a
ação (tem VOZ ATIVA), mas ele também pode sofrer a ação (VOZ PASSIVA).
·
Então, aí aparece o agente da passiva, que é a parte da frase que pratica a ação
sofrida pelo sujeito.
·
Quando isso acontece temos um sujeito paciente, portanto usamos a
forma verbal da voz passiva,
que normalmente é introduzido por uma preposição (a, de, por, pelo, etc.).
·
Exemplo:
|
Sujeito |
Ação |
|
|||
- Voz Ativa: O
Sujeito pratica a ação |
O menino quebrou
o brinquedo. |
|||||
- Voz Passiva: O
Sujeito sobre a ação |
O brinquedo foi
quebrado pelo menino. |
|||||
|
Agente
da Passiva |
Voz
Passiva |
|
Sujeito |
||
↔↔↔↔
APOSTO E VOCATIVO
·
Aposto e Vocativo são termos ligados a um substantivo
ou pronome, com intensão de
explicar, esclarecer e destacar.
Normalmente são identificados por vírgulas para provocar uma pausa no
texto, mas também podem aparecer com dois
pontos ou parênteses
·
O APOSTO
Aparece entre duas vírgulas e tem finalidade de
explicar uma afirmação. Se for excluído do texto não causa prejuízo no sentido.
Exemplo:
Mário, meu primo, chega hoje. |
||
Sujeito |
Aposto |
Predicativo |
Mário |
Meu primo |
Chega hoje |
Mário chega hoje. |
·
TIPOS DE APOSTO:
a)- Explicativo: explica o termo anterior.
Exemplo: José, gerente
da loja, é um bom administrador.
b)- Enumerador: usado para especificar uma
relação ou sequência.
Exemplo: Durante a realização da prova, será
permitido apenas: caneta, lápis, borracha e documento de identidade.
c)- Especificador: destaca um substantivo
dando-lhe uma característica individual.
Exemplo: Getúlio Vargas nasceu em São Borga, no
Rio Grande do Sul.
d)- Resumidor: resume termos anteriores.
Exemplo: Direção, professores e alunos, todos
devem participar da votação.
·
O VOCATIVO
É a palavra, termo ou
expressão usada para destacar com quem estamos falando ou queremos falar.
Normalmente se usa um substantivo ou adjetivo.
Exemplo: Colegas, não esqueçam que hoje tem
prova. / Lindos, hoje é dia
de festa!
FRASE,
ORAÇÃO e PERÍODO?
FRASE |
Palavra ou grupo de palavras contendo uma ideia
com sentido completo. |
ORAÇÃO |
Conjunto de palavras ou frases com estrutura em
torno de um verbo. |
ORAÇÃO |
Conjunto de palavras ou frases com estrutura em
torno de um verbo. |
Termos Essenciais
da Oração
Os
termos essenciais da oração são o Sujeito e o Predicado. É em
torno desses dois elementos que as orações são estruturadas.
- O
Sujeito é o elemento de quem se declara alguma coisa. Na estrutura da
oração ele estabelece concordância com o verbo.
- O
Predicado é tudo aquilo que se diz sobre o Sujeito.
Ex. 1:
As ruas são intransitáveis.
- Sujeito: As ruas
- Verbo: são
- Predicado: são intransitáveis.
Ex. 2:
Os participantes chegaram atrasados novamente.
- Sujeito: Os participantes
- Verbo: chegaram
- Predicado: chegaram atrasados
novamente.
Núcleo do Sujeito
- É o termo de maior significância no sujeito, quando
este é formado por mais de uma palavra.
Ex.:
A menina logo percebeu a
festa que a esperava.
- Sujeito: A menina
Núcleo do sujeito: menina
Predicado: logo percebeu a festa que a esperava.
1)
Complemento –
Significa acabamento, é um substantivo masculino que
completa outra coisa. Se integra ao todo para aperfeiçoá-lo. É
classificado como: Nominal e Verbal.
a)
Complemento
nominal - quando se refere a um substantivo, advérbio ou adjetivo.
Exemplo: O João está frustrado com o trabalho. (‘com o trabalho’ complementa o adjetivo
“frustrado”)
b)
Complemento
verbal - o complemento verbal complementa um verbo transitivo, indicando
informação sobre a ação do sujeito. O complemento verbal pode ser classificado
em:
→ Objeto
direto – quando não
necessita de preposição.
Exemplo: O vento derrubou a árvore. (a árvore)
→ Objeto
indireto - quando o
complemento é apresentado com preposição.
Exemplo: O bombeiro precisou de ajuda. (de ajuda)
c)
Adjunto - quer dizer ‘junto’, anexo, função
de auxiliar. O adjunto pode ser:
→ Adnominal
- Quando tem função de adjetivo e se liga diretamente ao substantivo. É o
termo da oração que acompanha, modifica e dá características e atributos a um
substantivo. Mas pode ser retirado da frase sem alterar a sua estrutura
sintática, porque é um termo acessório da oração.
O adjunto adnominal pode ser representado
por: um adjetivo (agitada,
inteligente), por uma locução adjetiva
(de verão, do rio), por um pronome
adjetivo (aquele, meu), por um numeral
adjetivo (primeiro, mil) e por um artigo
(a, o, uma).
→ Adverbial
- quando tem função de advérbio ou das expressões adverbiais na frase. É um
termo acessório da oração, com função de modificar um verbo, um adjetivo ou um
advérbio, indicando uma circunstância: tempo, lugar, modo, intensidade, etc.
Também pode ser retirado da frase sem alterar
sua estrutura sintática, por ser um termo acessório.
O adjunto
adverbial pode ser classificado em:
- de afirmação |
- sim, com certeza, claro que sim. |
- de assunto |
- de, sobre, a respeito de. |
- de causa |
- porque, por causa de, devido a. |
- de companhia |
- com, junto com, na companhia de. |
- de concessão |
- todavia, contudo, muito embora. |
- de condição |
- se, caso, senão. |
- de conformidade |
- conforme, de acordo, segundo. |
- de direção |
- abaixo, para cima, para baixo. |
- de dúvida |
- talvez, acaso, por ventura. |
- de exclusão |
- menos, exceto, com exceção de. |
- de finalidade |
- para que, a fim de, para, por. |
- de frequência |
- frequentemente, mensalmente, sempre. |
- de instrumento |
- de faca, com uma tesoura, com a pá. |
- de intensidade |
- muito, pouco, demais. |
- de lugar |
- aqui, ali, lá, acolá. |
- de matéria |
- de, com, a partir de. |
- de meio |
- pelo Correio, de ônibus, de carro. |
- de modo |
- bem, mal, melhor, pior. |
- de negação |
- não, nunca, jamais. |
- de tempo |
- hoje, amanhã, ontem. |
Agora vamos fazer a análise sintática da seguinte frase:
A
bela garota cantou bem.
- A bela garota: Sujeito
Simples.
- A bela: Adjunto
adnominal.
- Cantou bem: Predicado.
- Cantou: Verbo
Intransitivo.
- Bem: Adverbial.
Explicando:
-
Quem fez a ação de cantar? → A bela
garota. (sujeito)
-
Por que sujeito simples? → Porque a
ação é feita por um só agente.
-
Tirando o sujeito da frase, o resto é? → Predicado. (cantou bem)
-
Por que ‘A bela’ é adjunto
adnominal? → Porque se refere a um nome/substantivo. (garota)
-
Por que ‘cantou’ é verbo
intransitivo? → Porque não precisa de complemento.
-
Por que ‘bem’ é adjunto adverbial? →
Porque complementa o verbo “cantou”.
-
‘Bem’ indica um jeito de ser, então
→ É um adjunto adverbial de modo.
- O
PREDICATIVO
Predicativo é o termo que dá uma
qualidade ou característica ao sujeito ou ao objeto. Temos dois tipos de
predicativo:
►O PREDICATIVO
DO SUJEITO é o elemento do predicado que complementa o
sujeito, através de um verbo de ligação.
Exemplo: Bruno está doente. → Bruno (sujeito) está (verbo de ligação) doente (predicativo do sujeito)
→ O verbo de ligação se liga ao sujeito para
dar sentido à frase. Veja: a frase “Bruno doente”, sem o verbo de ligação não tem sentido.
►O PREDICATIVO DO OBJETO é o
elemento do predicado que se refere ao objeto.
Exemplo: Os alunos consideraram a prova fácil. → ‘Prova’ é o objeto
direto e fácil é o predicativo do objeto (dá uma
característica ao objeto).
SINTAXE
E qual é a diferença entre frases e orações?
Vamos entender o que a sintaxe tem a ver com
a frase, a oração e, aqui ainda
incluímos o período, pois como já sabemos, esses elementos estão
diretamente ligados, durante a construção de um discurso. Então vamos lá:
►A FRASE
tem o objetivo transmitir uma mensagem, pode ser formada por apenas uma palavra
ou ser mais complexa. A forma mais fácil de reconhecer uma frase escrita é pelo
início, pois começa com uma letra maiúscula e tem o fim normalmente marcado por
algum tipo de ponto. Quando faladas, podem ser identificadas pela pausa nos
sons. As frases com uma só palavra, normalmente terminam com um ponto de
exclamação ou interrogação.
Exemplo: Socorro! Preciso de ajuda
aqui. Verdade? Até logo.
►A ORAÇÃO
também é uma frase, porém, tem a obrigação de conter um verbo ou locução verbal (Ex.: Eu
posso fazer isso.)
Exemplo: Ele comprou outro livro. (Olha
aí o verbo comprar, experimente
tirar o verbo, soa estranho, sem sentido)
►O PERÍODO
é o texto formado por uma, duas ou mais orações. E pode ser classificado em: simples e composto, dependendo do número de orações.
- Período
simples, com uma só oração.
Exemplo: Ele comeu tudo.
- Período
composto, formado por duas ou mais
orações. A quantidade de verbos vai nos indicar o tipo de período.
Exemplo: Tenha
certeza que gostei muito do livro.
(dois verbos, duas orações)
Para gravar:
|
|
Simples |
|
Oração Absoluta |
|
|
|
|
|
Período |
|
|
|
Oração Principal |
|
|
|
|
|
|
|
Composto |
|
Orações Coordenadas
ou Subordinadas |
10.1
- TIPOS DE FRASE
As frases são classificadas conforme a forma
de expressão, pela maneira como ela transmite a mensagem:
1)
Frases declarativas:
declaram ou informam algo, independente do sentido ‘positivo’ ou ‘negativo’.
Exemplo: O trem passou. O trem não passou.
2)
Frases interrogativas:
procuram obter alguma informação ou questionam algo. Essas podem ser ‘diretas’
ou ‘indiretas’.
Exemplo: O trem já passou? (interrogativa
direta) – Será que o trem já passou? (interrogativa indireta)
3)
Frases imperativas:
Também podem ser ‘afirmativas’ ou ‘negativas’ e são empregadas para pedir,
ordenar ou aconselhar. Têm o objetivo de influenciar as ações do receptor da
mensagem.
Exemplo: Vá agora. (imperativa afirmativa) –
Não pegue isso. (imperativa negativa)
4)
Frases exclamativas:
expressam ‘emoções’ ou ‘estado emotivo’.
Exemplo: Não posso acreditar nisso!
5)
Frases optativas:
usadas quando se deseja algo.
Exemplo: Que Deus te acompanhe!
10.2 - ELEMENTOS DA SINTASE
Além do estudo da frase, da oração e do
período, como elementos principais da sintaxe, temos que considerar os
seguintes componentes essenciais:
2)
Sujeito - Os dicionários nos dizem que sujeito é um substantivo
masculino, que na origem significa indivíduo subordinado, súdito, mas na
sintaxe, é um “cara” importante, pois é o termo referente numa oração, o ser, pessoa, animal, coisa ou situação,
sobre a qual se diz alguma coisa.
Exemplo: Carlos chegou cedo. A saudade dói.
3)
Predicado -
Característica inerente a um ser; atributo, propriedade. O que se afirma ou se nega sobre o sujeito da oração. É muito fácil
identificá-lo, é só tirar o sujeito, o que sobra da oração é o predicado. Temos
três tipos de predicado:
a)
Predicado Verbal –
quando o verbo, obrigatoriamente, é núcleo do predicado. (nesse caso o verbo
deve ser de ação).
Exemplo: Os
alunos estudam todos sempre. (existe a
ação de estudar)
b)
Predicado Nominal - quando
o núcleo do predicado é um nome e exerce
a função de predicativo do sujeito, isto é,
dá significado, atributo, característica, ou exprime um estado ou modo de ser
do sujeito. Também é sempre conectado ao sujeito através de um verbo de
ligação.
Exemplo: Ela está doente. / Os preços continuam altos.
c)
Predicado verbo-nominal –
quando o predicado possui dois núcleos: um ‘verbo de ação’ e um ‘predicativo’,
ou seja, pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo.
Exemplo: Os alunos estudaram
cautelosos para o concurso.
Veja que na oração existem dois núcleos: o verbo nocional (estudaram),
indicando que o sujeito praticou a ação de estudar. Ao mesmo tempo dá uma
característica ao sujeito (cautelosos), o que é uma predicação. Como se fosse
dito:
Os alunos estudaram para o
concurso (predicado verbal). Eles foram cautelosos. (notemos que, o núcleo do predicado é o nome ‘cautelosos’, que
está ligado ao sujeito ‘Eles’, por um verbo de ligação “foram”, portanto,
também temos um predicado nominal).
Entenda melhor no quadro abaixo:
4)
Complemento - É um
substantivo masculino que significa acabamento e remete para algo que
completa outra coisa. Elemento que se integra a um todo para
completá-lo ou aperfeiçoá-lo. No estudo da sintaxe podemos classificá-lo em: Nominal e Verbal.
d)
Complemento
nominal - quando se refere a um substantivo, advérbio ou adjetivo.
Exemplo: O João está frustrado com o trabalho. (‘com o trabalho’ complementa o adjetivo
“frustrado”)
e)
Complemento
verbal - o complemento verbal complementa um verbo transitivo, indicando
informação sobre a ação do sujeito. O complemento verbal pode ser classificado
em:
→ Objeto
direto – quando não
necessita de preposição.
Exemplo: O vento derrubou a árvore. (a árvore)
→ Objeto
indireto - quando o
complemento é apresentado com preposição.
Exemplo: O bombeiro precisou de ajuda. (de ajuda)
f)
Adjunto - quer dizer ‘junto’, anexo, função de auxiliar ou ajudante. Na gramática, o adjunto pode ser:
→ Adnominal
- quando tem função de adjetivo e se liga diretamente ao substantivo. É o
termo da oração que acompanha, modifica e dá características e atributos a um substantivo. Pode
ser retirado da frase sem alterar a sua estrutura sintática, porque é um termo
acessório da oração.
O adjunto adnominal pode ser representado
por: um adjetivo (agitada,
inteligente), por uma locução adjetiva
(de verão, do rio), por um pronome
adjetivo (aquele, meu), por um numeral
adjetivo (primeiro, mil) e por um artigo
(a, o, uma).
→ Adverbial
- quando tem função de advérbio ou das expressões adverbiais na frase. É um
termo acessório da oração, com função de modificar um verbo, um adjetivo ou um
advérbio, indicando uma circunstância: tempo, lugar, modo, intensidade, etc.
Também pode ser retirado da frase sem alterar
sua estrutura sintática, por ser um termo acessório.
O adjunto
adverbial pode ser classificado em:
- de afirmação |
- sim, com certeza, claro que sim. |
- de assunto |
- de, sobre, a respeito de. |
- de causa |
- porque, por causa de, devido a. |
- de companhia |
- com, junto com, na companhia de. |
- de concessão |
- todavia, contudo, muito embora. |
- de condição |
- se, caso, senão. |
- de conformidade |
- conforme, de acordo, segundo. |
- de direção |
- abaixo, para cima, para baixo. |
- de dúvida |
- talvez, acaso, por ventura. |
- de exclusão |
- menos, exceto, com exceção de. |
- de finalidade |
- para que, a fim de, para, por. |
- de frequência |
- frequentemente, mensalmente, sempre. |
- de instrumento |
- de faca, com uma tesoura, com a pá. |
- de intensidade |
- muito, pouco, demais. |
- de lugar |
- aqui, ali, lá, acolá. |
- de matéria |
- de, com, a partir de. |
- de meio |
- pelo Correio, de ônibus, de carro. |
- de modo |
- bem, mal, melhor, pior. |
- de negação |
- não, nunca, jamais. |
- de tempo |
- hoje, amanhã, ontem. |
QUADRO RESUMO – ELEMENTOS DA SINTAXE
Elementos
da Sintaxe |
Sujeito |
O Protagonista da oração. |
||
|
||||
Predicado |
Predicado Verbal |
|
||
Predicado Nominal |
|
|||
Predicado Verbo Nominal |
|
|||
|
||||
Complemento |
Complemento Nominal |
|
||
Complemento
Verbal |
Objeto Direto |
|||
Objeto Indireto |
||||
Adjunto |
Adjunto Adnominal |
|||
Adjunto Adverbial (*) |
||||
(*) Obs.: O Adjunto Adverbial pode ser
classificado em: |
||||
de afirmação |
de condição |
de intensidade |
||
de assunto |
de conformidade |
de lugar |
||
de causa |
de direção |
de negação |
||
de companhia |
de dúvida |
de tempo |
||
de concessão |
de exclusão |
de frequência |
||
de finalidade |
de matéria |
de instrumento |
||
de modo |
de meio |
|
||
10.6
- ANÁLISE SINTÁTICA
Análise sintática é o estudo da estrutura
de um período, dos componentes das orações que o compõem.
Durante
uma análise, poderemos encontrar dois tipos de períodos: simples ou compostos.
1)
Período Simples
- quando é formados por uma só
oração. Nesse caso é chamada de oração absoluta.
Exemplo: A chuva castigou
a cidade.
2)
Período Composto
- quando é formado por mais de uma oração.
Exemplo: A moça fechou
a porta e dirigiu-se à rua.
-
Quando o período for composto, pode ser: por coordenação (oração
coordenada) ou por subordinação (oração subordinada).
10.6.1
- ORAÇÕES COORDENADAS
Coordenada é sinônimo de sentido, rumo e direção, portanto as orações
coordenadas, não dependem de outra e são ligadas apenas pelo sentido da
oração. Podem ser:
→
Assindéticas - quando não têm conjunção.
→
Sindéticas - quando são introduzidas por uma conjunção coordenativa.
As
conjunções coordenativas são:
1-
Aditivas: ideia de soma – e, nem , mas...
2-
Adversativas: ideia de oposição – mas, porém, contudo.
3-
Alternativas: oferecem outra opção – ou...ou, ora...ora.
4-
Conclusivas: conclui a oração anterior – pois, logo, então...
5-
Explicativas: Continua, explica o sentido – porque, que, logo...
10.6.2
- ORAÇÕES SUBORDINADAS
Nas
orações subordinadas, uma depende da outra, nesse caso existe a oração principal e a subordinada:
→
A oração principal – é a parte que
contém a informação principal, é completa, mas não tem sentido sem o
complemento de outra oração.
→
A oração subordinada – é a que
depende da oração principal para ter sentido, apresenta uma circunstância de
tempo e pode desempenhar a função de substantivo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo: Ele chegou
quando todos dormiam.
-
Ele chegou (oração principal – completa).
-
quando (conjunção – inicia a segunda oração e dá uma circunstância de
tempo)
-
todos dormiam (oração subordinada – precisa da oração principal para ter
sentido; completa a principal e, juntamente com a conjunção, tem função de
advérbio de tempo → Por que função de advérbio? Porque completa o verbo ‘chegou’ quando todos dormiam).
Então,
observemos com mais atenção. As orações subordinadas também variam de acordo com suas conjunções
e podem ser de três tipos: Substantivas, Adverbiais e Adjetivas:
1)
Orações
Subordinadas Substantivas
– quando exercem a função de substantivo e, normalmente, são introduzidas pelas
conjunções que e se.
Exemplo: Convém que
você se esforce.
→
Por sua vez, as orações subordinadas
substantivas são divididas em:
a)
Subjetiva – funciona como
sujeito de uma oração principal.
Exemplo: É importante que
você fale.
b)
Objetiva direta – funciona como
objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo: Ele afirmou que
tudo era verdadeiro.
c)
Objetiva indireta – funciona como
objeto indireto do verbo da oração principal.
Exemplo: Todos necessitam de
receber alimentos.
d)
Completiva nominal
– funciona como complemento de um nome da oração principal.
Exemplo: O povo tinha
certeza de que haveria eleições.
e)
Predicativa – funciona como
predicativo do sujeito da oração principal.
Exemplo: Nosso desejo é que
sejas feliz.
f)
Apositiva – funciona como
aposto de um dos termos da oração principal. Vem normalmente após dois pontos,
vírgula ou travessão.
Exemplo: Espero
sinceramente isso: que você seja feliz.
g)
Justapostas – São as orações
que não iniciam por conjunção e que podem ser iniciadas por pronomes
interrogativos (que, quem, qual, quanto) ou por advérbios interrogativos (onde,
como, quando, por que).
Exemplo: “Quem
espera sempre alcança”. / “O amor é quando
a gente mora um no outro”. (Fernando Pestana)
h)
Agente da passiva – quando o verbo
da oração se apresenta na voz passiva. É apresentado pela preposição por e
eventualmente pela preposição de.
Exemplo: Era amada por
todos. Era estimada de quantos a conheceram.
2)
Orações
Subordinadas Adverbiais
– quando exercem a função de adjunto adverbial da oração principal, podendo
exprimir as circunstâncias de acordo com a conjunção subordinativa que faz a
sua ligação com a oração principal.
→
Além disso, as orações subordinadas
adverbiais também são divididas em:
a)
Temporal – complementa a
oração principal, exprimindo uma circunstância de tempo.
Exemplo: Os índios já
habitavam essa terra quando os portugueses chegaram.
b)
Causal – exprime a causa
da afirmação contida na oração principal.
Exemplo: Como
choveu muito, não houve jogo. Não houve jogo, pois choveu muito.
c)
Comparativa – exprime
circunstância de comparação.
Exemplo: Trabalha como
escravo. Trabalha tanto quanto um escravo
d)
Concessiva – exprime a ideia
de conceder, não negar, admitir.
Exemplo: Ele viajará, embora
a estrada não esteja boa.
e)
Condicional – quando dá a
ideia de condição, de considerar outra hipótese.
Exemplo: Se
ele não estudar, será reprovado.
f)
Consecutiva – aponta uma
consequência do fato expresso na oração principal.
Exemplo: Gritou tanto
que ficou rouco.
g)
Final – exprime circunstância
de fim em relação a oração principal.
Exemplo: O lavrador
trabalha a fim de não perder a colheita.
h) Proporcional – exprime um
aumento ou diminuição proporcional ao declarado na oração principal.
Exemplo: À
proporção que a civilização progride, o romantismo se extingue.
i) Conformativa
– indica conformidade, semelhança em relação a oração principal.
Exemplo: Ela
agiu como sua mãe lhe ordenou. Ela agiu conforme sua mãe lhe
ordenou.
3) Orações
Subordinadas Adjetivas
– quando exercem a função de adjunto adnominal da oração principal, função
própria de adjetivo. São introduzidas por um pronome relativo. (o qual, cujo,
quanto, quem, que, onde)
→ E as orações subordinadas adjetivas podem
ser:
a) Restritiva – restringe,
delimita o sentido do antecedente, que pode ser um substantivo ou um pronome,
por isso é indispensável ao sentido do enunciado.
Exemplo: O
homem que mente é indigno de confiança.
b) Explicativa – justapõe-se ao
antecedente (substantivo ou pronome) já definido, acrescentando uma
característica que lhe é própria. Em outras palavras é uma explicação colocada
entre vírgulas.
Exemplo: O
homem, que é um ser racional, vive pouco.
→ As Orações SubordinadRESUMÃO DO CONTEÚDO
PARA A PROVA TRIMESTRAL –
3º TRIM. 2022.
Classificação das palavras quanto ao NÚMERO DE SÍLABAS
As sílabas são fonemas (sons)
ou grupos de fonemas pronunciados por meio de apenas uma emissão
sonora.
As vogais são a
base das sílabas que
compõem as palavras.
Com relação ao número de sílabas, as
palavras podem ser classificadas em:
1)
Monossílabas: palavras
formadas por uma única sílaba.
flor aí sim |
rim rum ar |
quão já nem |
2)
Dissílabas: palavras
formadas por duas sílabas.
ali: a-li dever: de-ver solda: sol-da |
você: vo-cê cores: co-res dica: di-ca |
3)
Trissílabas: palavras
formadas por três sílabas.
camada: ca-ma-da atrair: a-tra-ir janeiro: ja-nei-ro |
salada: sa-la-da passear: pas-se-ar figueira: fi-guei-ra |
4)
Polissílabas: palavras
formadas por mais de três sílabas.
borboleta: bor-bo-le-ta Mariana: Ma-ri-a-na |
prateleira: pra-te-lei-ra panelinha: pa-ne-li-nha |
retângulo: re-tân-gu-lo adormecido: a-dor-me-ci-do |
Classificação das palavras quanto à TONICIDADE,
ou Acentuação TÔNICA
Quanto à tonicidade, as palavras são classificadas
em três grupos:
1• Oxítonas (quando a última sílaba é
a tônica) → Sol, Café, Paraná, Aerossol.
2• Paroxítonas (quando a penúltima
sílaba é a tônica) → Álbum, Amigo, Felicidade.
3• Proparoxítonas (quando a
antepenúltima sílaba é a tônica) → câmara, Lâmpada, Abóbora.
Lembre-se.:
Acentuação TÔNICA não é o mesmo que
Acentuação GRÁFICA, aqui pense somente na sílaba tônica (pronúncia mais
forte). As OXÍTONAS e as PAROXÍTONAS, nem todas são acentuadas, cada
classificação tem suas próprias regras.
O único caso em que as duas acentuações combinam
é o das proparoxítonas, pois todas são acentuadas, ou seja, basta
ser proparoxítona para ser acentuada.
Ex.: paralelepípedo
e lógica e república
Acentuação Gráfica
A
acentuação gráfica é a colocação de um sinal gráfico para indicar
a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos
gráficos são:
·
acento agudo (´) – Tem som Aberto.
·
acento grave (`) – Tem som Aberto.
·
acento circunflexo (^) – Tem som Fechado.
Os
acentos gráficos servem para estabelecem, por meio de regras, a
sonoridade/intensidade das sílabas das palavras.
1.
Oxítonas que recebem acento.
a)
As
terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e ou -o seguidas ou não de -s. |
está, estás, já, olá;
até, é, és, olé, pontapé(s); vó(s), dominó(s), paletó(s), só(s) |
cortês,
dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr),
robô(s) |
|
bebê; bidê; canapé ou canapê; crochê; matiné ou matinê. |
|
b)
Quando
conjugadas com os pronomes oblíquos:-lo(s) ou -la(s), terminando
com a vogal tônica aberta e deixar de ser Infinitivo Impessoal. |
adorá-lo (de adorar +
ele) ou adorá-los (de adorar + eles); fá-lo (de faz + ele) ou fá-los (de faz
+ eles). |
detê
-lo(s); fazê -la(s); vê -la(s); compô-la(s); repô-la(s); pô-la(s) |
|
c)
Com
mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado -em e -ens. |
acém, detém, deténs,
entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também |
d)
Terminadas
com ditongo aberto -éu, éi ou -ói, seguidos ou não de -s. |
anéis, batéis, fiéis,
papéis, chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); herói(s), remói |
2.
Paroxítonas que recebem acento.
a)
As que
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -o, -i
e -u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -s, e algumas formas do
plural, que passam a proparoxítonas. |
dócil, dóceis; fóssil, fósseis; réptil, répteis;
córtex, córtices; tórax; líquen, líquenes; ímpar, ímpares |
cônsul, cônsules; têxtil, têxteis;
plâncton, plânctons |
|
É admitida dupla grafia
em alguns casos. Ex.: fêmur e fémur; ónix e ônix; pónei e pônei; ténis e
tênis; bónus e bônus; ónus e ônus; tónus e tônus |
|
b)
As que
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o
e -u, e que terminam em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns, são
acentuadas nas formas singular e plural das palavras. |
órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão, órgãos; sótão,
sótãos; jóquei, jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris, júri, oásis, álbum,
fórum, húmus e vírus |
Estêvão, zângão, escrevêsseis, ânus |
|
c)
São grafadas com acento circunflexo as formas dos verbos
"ter" e "vir", na terceira pessoa do plural
do presente do indicativo ("têm" e "vêm").
O mesmo é aplicado em algumas formas verbais derivadas. |
abstêm, advêm, contêm, convêm,
desconvêm, detêm, entretêm, intervêm, mantêm, obtêm, provêm, sobrevêm |
d)
Não é usado o acento circunflexo nas palavras
paroxítonas que contêm um tônico oral fechado em hiato com terminação -em,
da terceira pessoa do plural do presente do indicativo. |
creem, deem, descreem, desdeem, leem, preveem,
redeem, releem, reveem, veem |
e)
Não é usado o acento circunflexo com objetivo de
assinalar a vogal tônica fechada na grafia das palavras paroxítonas. |
enjoo – substantivo e flexão de enjoar |
f)
Não são usados os acentos circunflexo e agudo para
distinguir as palavras paroxítonas quando têm a vogal tônica aberta ou
fechada em palavras homógrafas de palavras proclíticas no singular e plural. |
para – flexão de parar. |
Acento
Diferencial. Fique Atento! |
|
O acento circunflexo
é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa
do singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para
distingui-la da forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode. |
|
O acento circunflexo
é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo.
Isso ocorre para estabelecer distinção da forma correspondente no pretérito
perfeito do indicativo: demos. |
|
Também é facultativo o uso
de acento circunflexo no substantivo fôrma como distinção do
verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma. |
|
Vogais tônicas
|
|
g)
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas recebem acento, quando formarem sílabas
sozinhas, seguidas ou não de “s”. |
aí, atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú,
jacuí, Luís, país, alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de atrair),
atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes,
recaída, ruína, saída e sanduíche. |
Piauí - teiú – teiús - tuiuiú – tuiuiús. |
|
atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s),
possuí-la(s)-ia. |
|
h)
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras oxítonas
e paroxítonas não recebem acento quando são
antecedidas de uma vogal com a qual não formam ditongo, e desde que não
constituam sílaba com a consoante seguinte nos casos de -nh, -l, -m, -n, -r e
-z. |
bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra, ruim, ainda,
constituinte, oriundo, ruins, triunfo, atrair,influir, influirmos, juiz e
raiz. |
3.
Proparoxítonas
que recebem acento.
Todas as palavras Proparoxítonas
|
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo, fenômeno,
gênero, topônimo, Amazônia, Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e tênue |
cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico,
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada,
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego. Amêndoa, argênteo,
côdea, Islândia |
4.
A crase
A crase é usada na contração
da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo a:
à (de a + a), às (de a + as). Obs.: A crese é proibida antes de palavras
masculinas. |
|
Também
é usada a crase na contração da preposição "a" com os pronomes
demonstrativos: |
·
àquele(s) ·
àquela(s) ·
àquilo ·
àqueloutro(s) ·
àqueloutra(s) |
5.
O trema
O trema
só é utilizado em nomes próprios e nas suas derivadas. |
Müller - de mülleriano |
O USO DOS PORQUÊS
Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês:
1 |
2 |
Por que: |
Por quê: |
Utilizado em
perguntas (no início ou no meio) |
Utilizado no
final das perguntas, antes do ? |
Exemplo: Por que
não voltamos para a casa? |
Exemplo: Você não gosta
dessa matéria, por quê? |
3 |
4 |
Porque: |
Porquê: |
utilizado em
respostas e explicações. |
Possui o valor
de substantivo e indica o motivo, a razão. |
Exemplo: Porque
agora não temos tempo. |
Exemplo: Gostaria de
saber o porquê não fala mais comigo. (está substantivado pelo
Artigo ‘O’) |
ENCONTROS VOCÁLICOS
É o
encontro de duas (ou mais) vogais em
uma mesma palavra. Podem estar na mesma sílaba ou
não, desde que não haja nenhuma consoante entre elas.
O que são Vogais e Semivogais?
A vogal
é a letra de som mais forte na sílaba (pode ser qualquer
uma das 5 vogais), a vogal de som mais
fraco é a semivogal
(Apenas duas letras podem ser semivogais: “I” e “U”.
Exemplos:
“CADEIRA” -
Na palavra “CADEIRA”, a sílaba “DEI” tem uma vogal com o som bem forte (“E”), e
uma semivogal, ou seja, uma vogal com som mais fraco (“I”).
“OURO” -
Da mesma forma, na palavra “OURO”, a sílaba “OU” tem uma vogal (“O”) e uma
semivogal (“U”).
DITONGO
Acontece
quando uma vogal e uma semivogal aparecem juntas na
mesma sílaba. Ele pode ser:
1-
Ditongo crescente - quando a semivogal
está antes da vogal.
Exemplos:
semivogal + vogal = ditongo crescente
·
LÍNGUA – QUASE – IGUAL –
LINGUIÇA - FREQUENTE
ATENÇÃO! Quando
as vogais não são pronunciadas, não há
encontro vocálico. Exemplo: na palavra “QUEBRAR”,
a letra “U” não tem som, portanto, não há encontro vocálico.
2- Ditongo decrescente
Quando a vogal
aparece antes da semivogal. Esse tipo de ditongo é mais comum que o
ditongo crescente.
Exemplos:
vogal + semivogal na mesma sílaba = ditongo decrescente
·
BOI – MAU - MUI-TO - PEI-XE - PAI
3- Ditongo oral
Quando o som
passa apenas pela boca.
Exemplos
e tente ler em voz alta para perceber como esse som é feito:
·
REI - POU-CO – CÉU - HE-RÓI - A-ZUIS
4- Ditongo nasal
O som é
um pouco nasalizado, o ar passa pela boca e pelo nariz.
Exemplos
e tente ler em voz alta para perceber como esse som é feito:
·
CÃI-BRA -
MUI-TO
Muitos
ditongos nasais têm o som nasalizado representado por letras que não são a
letra “I” ou a letra “U”. No entanto, quando falamos a palavra, o som que sai é
similar àquele representado por essas letras. Leia em voz alta:
·
MÃO – PÃES -
Nesse caso, a letra “O” tem o som da semivogal “U”, enquanto a letra E tem o
som da semivogal “I”.
·
VE-NHAM - BEN-ZI-NHO
- Agora, apesar de serem usadas as letras “M” e “N”, que são consoantes, elas
representam o mesmo som da semivogal “U” (em “VENHAM”) e da semivogal “I” (em
“BENZINHO”).
TRITONGO
Quando
há o encontro de uma vogal entre duas semivogais.
semivogal + vogal + semivogal na
mesma sílaba = tritongo
O
tritongo pode ser oral ou nasal.
1- Tritongo oral
Ocorre quando o
ar passa apenas pela boca.
Exemplos
abaixo em voz alta para perceber como isso ocorre:
·
URUGUAI –
PARAGUAI – ENXAGUAI - IGUAIS
2- Tritongo nasal
Ocorre
quando o ar passa pela boca e pelo nariz.
Exemplos
abaixo em voz alta para perceber como isso ocorre:
·
SAGUÃO – QUÃO -
ENXÁGUAM
ATENÇÃO! A
vogal “O”, nas palavras “SAGUÃO” e “QUÃO”, representa o som vocálico da
semivogal “U”. Da mesma forma, na palavra “ENXÁGUAM”, a letra “M” também
representa o som vocálico da semivogal “U”.
HIATO
Ocorre
quando há dois sons de vogais seguidos (não tem
Semivogal). Como ambos são sons de vogais (e, portanto,
fortes e marcados), eles não ficam na mesma sílaba.
Exemplos
abaixo: vogal + vogal em sílabas separadas = hiato
·
HI-A-TO - BA-Ú - PA-ÍS - SA-Ú-DE - ZO-O-LÓ-GI-CO
·
4. ENCONTRO CONSONANTAL
É o encontro de consoantes nas palavras, sem a
presença de vogal entre elas.
Exemplos: atlas, pneu, adjetivo.
1. Os
encontros consonantais podem ser perfeitos (ECP) ou imperfeitos
(ECI).
a) Os encontros
consonantais perfeitos - são aqueles em que as consoantes ficam
juntas na mesma sílaba quando essas são separadas. Também é chamado de
encontro consonantal puro.
Ex.:
cli-en-te, trei-no, plu-ma, glú-tem, psi-co-lo-gi-a.
b)
Os encontros consonantais imperfeitos são
aqueles em que as consoantes ficam sílabas separadas. Esse encontro também é
chamado de encontro consonantal disjunto.
Ex.:rit-mo, al-ge-ma,
lis-ta, ob-je-to, sor-te
Atenção: Numa única palavra podem ocorrer um
encontro consonantal perfeito e um encontro consonantal imperfeito.
Ex.: Ilust-re, des-tro,
des-tru-ir
Obs.: Palavras que contenham uma consoante
seguida das consoantes “l” ou “r” geralmente não se
separam. O mesmo acontece nos encontros consonantais que ocorrem no início das
palavras.
Palavras Com Encontro consonantal |
Blu-me-nau blu-são Clei-ton cra-te-ra dra-ma al-fa-ce cor-rup-ção ét-ni-co mag-ní-fi-co ob-je-to |
trem ab-sin-to ad-mi-tir ad-vo-ga-do af-ta sub-lo-car tos-ta-do sor-te sus-to tor-ta |
dro-me-dá-rio flu-ir fra-se glú-ten li-vro pla-no mnê-mi-co pneu-má-ti-co psi-co-lo-gi-a par-tí-cu-la |
5. DÍGRAFO
Dígrafo é o encontro de duas letras que representam
um único fonema (SOM). Há dois tipos de dígrafos: dígrafo consonantal e dígrafo vocálico.
Lembre-se! Dígrafo vem
de “di”, que é o mesmo que dois e grafo (escrever). Tem
duas letras, mas com o som de uma só.
a) Dígrafo
Consonantal - Encontro de duas letras que representam um fonema
consonantal. Os principais são: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu.
Ex.: chave, chefe, olho, unha,
dinheiro, arranhar, arrumação, ossos, assadeira,
descer, crescer, desço, cresça, exceder,
excelência, quilômetro.
Obs.: É importante
frisar que gu e qu são considerados dígrafos
se seguidos de e ou i, mas somente quando não são
pronunciados, se pronunciados deixam de ser dígrafo.
Ex.: Queixa, dengue (dígrafos). Em aguentar,
linguiça, guaraná, o u é pronunciado.
6. DIFERENÇA ENTRE
ENCONTRO CONSONANTAL E DÍGRAGO.
No encontro consonantal todas as consoantes
são pronunciadas, no dígrafo, as duas letras juntas, emitem um único
som.
Assim, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu são
dígrafos. Lembrando que gu e qu são dígrafos quando, ao ser acompanhados
por “e” ou “i” e o “u” não é
pronunciado, como em águia e questionário (diferente de linguiça
e tranquilo).
Palavras com dígrafo |
chave alho andorinha serrote |
desço excelente dengue querosene |
assado nascido aquilo guitarra |
Classes gramaticais ou Classes de palavras
-
O que é Classe Gramatical?
Classe gramatical
ou classe de palavra é a classificação das palavras em grupos, de
acordo com a sua estrutura sintática (função na frase ou oração) e morfológica
(estrutura). Existem dez classes gramaticais, sendo elas:
1 - Substantivo |
3 - Adjetivo |
5 – Numeral |
7 - Advérbio |
9 - Conjunção |
2 - Artigo |
4 - Pronome |
6 - Verbo |
8 - Preposição |
10 - Interjeição |
- As classes gramaticais podem ser variáveis e
invariáveis.
1)
Palavras VARIÁVEIS são
as podem alterar sua forma de expressão, que podem ser de:
Gênero |
Número |
Grau |
Masculino Ou Feminino |
Singular Ou Plural |
Aumentativo ou Diminutivo |
Pessoa |
Tempo |
Modo |
1ª 2ª 3ª |
Presente Passado Futuro |
Indicativo Subjuntivo Imperativo |
2)
Palavras INVARIÁVEIS são
aquelas que permanecem iguais, independente se estão sendo usadas no plural, singular,
masculino ou feminino. Ou seja, diferentemente das variáveis, elas não
apresentam flexões.
- Quais são classes gramaticais?
1.
Substantivos são palavras responsáveis por nomear qualquer
coisa ou ser. Nomes próprios, objetos, seres vivos, locais, fenômenos. Possui
variações de gênero, número e grau.
Exemplos: caderno,
bolsa, Victor, jumento, Itália, felicidade, etc.
2.
Artigos são palavras que antecedem o
substantivo. Eles auxiliam na identificação e
na formulação daquelas palavras. Acompanham as flexões dos
substantivos, em gênero ou número.
Exemplos: o, a,
os, uma, uns, etc.
3. Adjetivos servem
para caracterizar os substantivos (atribuição
de qualidades). Também sofrem flexões de: Gênero
(masculino ou feminino); Número (singular ou plural); e Grau (comparativo ou
superlativo).
Exemplos: bonita,
inteligente, charmoso, irritante, etc.
4.
Pronomes são as palavras que acompanham (ou
substituem) os substantivos, interligando sua
posição em relação ao texto. Ou seja, indicam a relação entre os termos ditos
dentro de uma fala. Flexionam-se em gênero, número e pessoa.
Exemplos: eu,
mim, Vossa Excelência, sua, aquela, quem, que, etc;
Obs.: Há
inúmeras subdivisões de pronomes que podem variar significativamente de acordo
com sua função e indicação na frase.
5.
Numeral palavras que atribuem
quantidades aos seres ou os dispõe em determinada
sequência. Os numerais transmitem, em palavras, o que os números indicam em
relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3,
etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Exemplos: primeiro,
quatro, cinco, duplo, etc.
6. Verbos representam
a classe gramatical utilizada para indicar ações,
estados ou fenômenos de algo que ocorreu, ocorre ou
ocorrerá, em função de qualquer sujeito e qualquer tempo. É a classe que mais
sofre flexões (chamadas de conjugações).
Exemplos: escrever,
sairá, comerão, voltaram, etc.
7.
Advérbios são palavras modificadoras que atuam
sobre verbos, adjetivos ou, até mesmo outros
advérbios. Isso acontece através da expressão
de tempo, modo ou intensidade, dando outro
caráter ao elemento relacionado. Sofrem flexão apenas
de grau, utilizada de forma comparativa
ou superlativa (exagerada).
Exemplos: demais,
ali, melhor, pior.
8. Preposições são invariáveis, pois
não possuem flexões. São utilizadas especificamente para fazer a conexão, ou
relação, entre dois elementos de uma oração.
Exemplos: para,
de, após, entre, etc
9.
Conjunções (invariáveis), são
usadas para realizar a ligação de dois termos ou duas orações de
mesmo valor gramatical.
Exemplos: Conforme,
porém, portanto, mas, etc.
10.
Interjeições fazem parte da classe gramatical utilizada
para exprimir reações emotivas
ou de sentimentos de forma escrita.
Exemplos: Ai!
Psiu! Ui! Olá! Opa!
AGENTE DA PASSIVA
·
Normalmente o sujeito é quem pratica a
ação (tem VOZ ATIVA), mas ele também pode sofrer a ação (VOZ PASSIVA).
·
Então, aí aparece o agente da passiva, que é a parte da frase que pratica a ação
sofrida pelo sujeito.
·
Quando isso acontece temos um sujeito paciente, portanto usamos a
forma verbal da voz passiva,
que normalmente é introduzido por uma preposição (a, de, por, pelo, etc.).
·
Exemplo:
|
Sujeito |
Ação |
|
|||
- Voz Ativa: O
Sujeito pratica a ação |
O menino quebrou
o brinquedo. |
|||||
- Voz Passiva: O
Sujeito sobre a ação |
O brinquedo foi
quebrado pelo menino. |
|||||
|
Agente
da Passiva |
Voz
Passiva |
|
Sujeito |
||
↔↔↔↔
APOSTO E VOCATIVO
·
Aposto e Vocativo são termos ligados a um substantivo
ou pronome, com intensão de
explicar, esclarecer e destacar.
Normalmente são identificados por vírgulas para provocar uma pausa no
texto, mas também podem aparecer com dois
pontos ou parênteses
·
O APOSTO
Aparece entre duas vírgulas e tem finalidade de
explicar uma afirmação. Se for excluído do texto não causa prejuízo no sentido.
Exemplo:
Mário, meu primo, chega hoje. |
||
Sujeito |
Aposto |
Predicativo |
Mário |
Meu primo |
Chega hoje |
Mário chega hoje. |
·
TIPOS DE APOSTO:
a)- Explicativo: explica o termo anterior.
Exemplo: José, gerente
da loja, é um bom administrador.
b)- Enumerador: usado para especificar uma
relação ou sequência.
Exemplo: Durante a realização da prova, será
permitido apenas: caneta, lápis, borracha e documento de identidade.
c)- Especificador: destaca um substantivo
dando-lhe uma característica individual.
Exemplo: Getúlio Vargas nasceu em São Borga, no
Rio Grande do Sul.
d)- Resumidor: resume termos anteriores.
Exemplo: Direção, professores e alunos, todos
devem participar da votação.
·
O VOCATIVO
É a palavra, termo ou
expressão usada para destacar com quem estamos falando ou queremos falar.
Normalmente se usa um substantivo ou adjetivo.
Exemplo: Colegas, não esqueçam que hoje tem
prova. / Lindos, hoje é dia
de festa!
FRASE,
ORAÇÃO e PERÍODO?
FRASE |
Palavra ou grupo de palavras contendo uma ideia
com sentido completo. |
ORAÇÃO |
Conjunto de palavras ou frases com estrutura em
torno de um verbo. |
ORAÇÃO |
Conjunto de palavras ou frases com estrutura em
torno de um verbo. |
Termos Essenciais
da Oração
Os
termos essenciais da oração são o Sujeito e o Predicado. É em
torno desses dois elementos que as orações são estruturadas.
- O
Sujeito é o elemento de quem se declara alguma coisa. Na estrutura da
oração ele estabelece concordância com o verbo.
- O
Predicado é tudo aquilo que se diz sobre o Sujeito.
Ex. 1:
As ruas são intransitáveis.
- Sujeito: As ruas
- Verbo: são
- Predicado: são intransitáveis.
Ex. 2:
Os participantes chegaram atrasados novamente.
- Sujeito: Os participantes
- Verbo: chegaram
- Predicado: chegaram atrasados
novamente.
Núcleo do Sujeito
- É o termo de maior significância no sujeito, quando
este é formado por mais de uma palavra.
Ex.:
A menina logo percebeu a
festa que a esperava.
- Sujeito: A menina
Núcleo do sujeito: menina
Predicado: logo percebeu a festa que a esperava.
1)
Complemento –
Significa acabamento, é um substantivo masculino que
completa outra coisa. Se integra ao todo para aperfeiçoá-lo. É
classificado como: Nominal e Verbal.
a)
Complemento
nominal - quando se refere a um substantivo, advérbio ou adjetivo.
Exemplo: O João está frustrado com o trabalho. (‘com o trabalho’ complementa o adjetivo
“frustrado”)
b)
Complemento
verbal - o complemento verbal complementa um verbo transitivo, indicando
informação sobre a ação do sujeito. O complemento verbal pode ser classificado
em:
→ Objeto
direto – quando não
necessita de preposição.
Exemplo: O vento derrubou a árvore. (a árvore)
→ Objeto
indireto - quando o
complemento é apresentado com preposição.
Exemplo: O bombeiro precisou de ajuda. (de ajuda)
c)
Adjunto - quer dizer ‘junto’, anexo, função
de auxiliar. O adjunto pode ser:
→ Adnominal
- Quando tem função de adjetivo e se liga diretamente ao substantivo. É o
termo da oração que acompanha, modifica e dá características e atributos a um
substantivo. Mas pode ser retirado da frase sem alterar a sua estrutura
sintática, porque é um termo acessório da oração.
O adjunto adnominal pode ser representado
por: um adjetivo (agitada,
inteligente), por uma locução adjetiva
(de verão, do rio), por um pronome
adjetivo (aquele, meu), por um numeral
adjetivo (primeiro, mil) e por um artigo
(a, o, uma).
→ Adverbial
- quando tem função de advérbio ou das expressões adverbiais na frase. É um
termo acessório da oração, com função de modificar um verbo, um adjetivo ou um
advérbio, indicando uma circunstância: tempo, lugar, modo, intensidade, etc.
Também pode ser retirado da frase sem alterar
sua estrutura sintática, por ser um termo acessório.
O adjunto
adverbial pode ser classificado em:
- de afirmação |
- sim, com certeza, claro que sim. |
- de assunto |
- de, sobre, a respeito de. |
- de causa |
- porque, por causa de, devido a. |
- de companhia |
- com, junto com, na companhia de. |
- de concessão |
- todavia, contudo, muito embora. |
- de condição |
- se, caso, senão. |
- de conformidade |
- conforme, de acordo, segundo. |
- de direção |
- abaixo, para cima, para baixo. |
- de dúvida |
- talvez, acaso, por ventura. |
- de exclusão |
- menos, exceto, com exceção de. |
- de finalidade |
- para que, a fim de, para, por. |
- de frequência |
- frequentemente, mensalmente, sempre. |
- de instrumento |
- de faca, com uma tesoura, com a pá. |
- de intensidade |
- muito, pouco, demais. |
- de lugar |
- aqui, ali, lá, acolá. |
- de matéria |
- de, com, a partir de. |
- de meio |
- pelo Correio, de ônibus, de carro. |
- de modo |
- bem, mal, melhor, pior. |
- de negação |
- não, nunca, jamais. |
- de tempo |
- hoje, amanhã, ontem. |
Agora vamos fazer a análise sintática da seguinte frase:
A
bela garota cantou bem.
- A bela garota: Sujeito
Simples.
- A bela: Adjunto
adnominal.
- Cantou bem: Predicado.
- Cantou: Verbo
Intransitivo.
- Bem: Adverbial.
Explicando:
-
Quem fez a ação de cantar? → A bela
garota. (sujeito)
-
Por que sujeito simples? → Porque a
ação é feita por um só agente.
-
Tirando o sujeito da frase, o resto é? → Predicado. (cantou bem)
-
Por que ‘A bela’ é adjunto
adnominal? → Porque se refere a um nome/substantivo. (garota)
-
Por que ‘cantou’ é verbo
intransitivo? → Porque não precisa de complemento.
-
Por que ‘bem’ é adjunto adverbial? →
Porque complementa o verbo “cantou”.
-
‘Bem’ indica um jeito de ser, então
→ É um adjunto adverbial de modo.
- O
PREDICATIVO
Predicativo é o termo que dá uma
qualidade ou característica ao sujeito ou ao objeto. Temos dois tipos de
predicativo:
►O PREDICATIVO
DO SUJEITO é o elemento do predicado que complementa o
sujeito, através de um verbo de ligação.
Exemplo: Bruno está doente. → Bruno (sujeito) está (verbo de ligação) doente (predicativo do sujeito)
→ O verbo de ligação se liga ao sujeito para
dar sentido à frase. Veja: a frase “Bruno doente”, sem o verbo de ligação não tem sentido.
►O PREDICATIVO DO OBJETO é o
elemento do predicado que se refere ao objeto.
Exemplo: Os alunos consideraram a prova fácil. → ‘Prova’ é o objeto
direto e fácil é o predicativo do objeto (dá uma
característica ao objeto).
SINTAXE
E qual é a diferença entre frases e orações?
Vamos entender o que a sintaxe tem a ver com
a frase, a oração e, aqui ainda
incluímos o período, pois como já sabemos, esses elementos estão
diretamente ligados, durante a construção de um discurso. Então vamos lá:
►A FRASE
tem o objetivo transmitir uma mensagem, pode ser formada por apenas uma palavra
ou ser mais complexa. A forma mais fácil de reconhecer uma frase escrita é pelo
início, pois começa com uma letra maiúscula e tem o fim normalmente marcado por
algum tipo de ponto. Quando faladas, podem ser identificadas pela pausa nos
sons. As frases com uma só palavra, normalmente terminam com um ponto de
exclamação ou interrogação.
Exemplo: Socorro! Preciso de ajuda
aqui. Verdade? Até logo.
►A ORAÇÃO
também é uma frase, porém, tem a obrigação de conter um verbo ou locução verbal (Ex.: Eu
posso fazer isso.)
Exemplo: Ele comprou outro livro. (Olha
aí o verbo comprar, experimente
tirar o verbo, soa estranho, sem sentido)
►O PERÍODO
é o texto formado por uma, duas ou mais orações. E pode ser classificado em: simples e composto, dependendo do número de orações.
- Período
simples, com uma só oração.
Exemplo: Ele comeu tudo.
- Período
composto, formado por duas ou mais
orações. A quantidade de verbos vai nos indicar o tipo de período.
Exemplo: Tenha
certeza que gostei muito do livro.
(dois verbos, duas orações)
Para gravar:
|
|
Simples |
|
Oração Absoluta |
|
|
|
|
|
Período |
|
|
|
Oração Principal |
|
|
|
|
|
|
|
Composto |
|
Orações Coordenadas
ou Subordinadas |
10.1
- TIPOS DE FRASE
As frases são classificadas conforme a forma
de expressão, pela maneira como ela transmite a mensagem:
1)
Frases declarativas:
declaram ou informam algo, independente do sentido ‘positivo’ ou ‘negativo’.
Exemplo: O trem passou. O trem não passou.
2)
Frases interrogativas:
procuram obter alguma informação ou questionam algo. Essas podem ser ‘diretas’
ou ‘indiretas’.
Exemplo: O trem já passou? (interrogativa
direta) – Será que o trem já passou? (interrogativa indireta)
3)
Frases imperativas:
Também podem ser ‘afirmativas’ ou ‘negativas’ e são empregadas para pedir,
ordenar ou aconselhar. Têm o objetivo de influenciar as ações do receptor da
mensagem.
Exemplo: Vá agora. (imperativa afirmativa) –
Não pegue isso. (imperativa negativa)
4)
Frases exclamativas:
expressam ‘emoções’ ou ‘estado emotivo’.
Exemplo: Não posso acreditar nisso!
5)
Frases optativas:
usadas quando se deseja algo.
Exemplo: Que Deus te acompanhe!
10.2 - ELEMENTOS DA SINTASE
Além do estudo da frase, da oração e do
período, como elementos principais da sintaxe, temos que considerar os
seguintes componentes essenciais:
2)
Sujeito - Os dicionários nos dizem que sujeito é um substantivo
masculino, que na origem significa indivíduo subordinado, súdito, mas na
sintaxe, é um “cara” importante, pois é o termo referente numa oração, o ser, pessoa, animal, coisa ou situação,
sobre a qual se diz alguma coisa.
Exemplo: Carlos chegou cedo. A saudade dói.
3)
Predicado -
Característica inerente a um ser; atributo, propriedade. O que se afirma ou se nega sobre o sujeito da oração. É muito fácil
identificá-lo, é só tirar o sujeito, o que sobra da oração é o predicado. Temos
três tipos de predicado:
a)
Predicado Verbal –
quando o verbo, obrigatoriamente, é núcleo do predicado. (nesse caso o verbo
deve ser de ação).
Exemplo: Os
alunos estudam todos sempre. (existe a
ação de estudar)
b)
Predicado Nominal - quando
o núcleo do predicado é um nome e exerce
a função de predicativo do sujeito, isto é,
dá significado, atributo, característica, ou exprime um estado ou modo de ser
do sujeito. Também é sempre conectado ao sujeito através de um verbo de
ligação.
Exemplo: Ela está doente. / Os preços continuam altos.
c)
Predicado verbo-nominal –
quando o predicado possui dois núcleos: um ‘verbo de ação’ e um ‘predicativo’,
ou seja, pode referir-se tanto ao sujeito quanto ao verbo.
Exemplo: Os alunos estudaram
cautelosos para o concurso.
Veja que na oração existem dois núcleos: o verbo nocional (estudaram),
indicando que o sujeito praticou a ação de estudar. Ao mesmo tempo dá uma
característica ao sujeito (cautelosos), o que é uma predicação. Como se fosse
dito:
Os alunos estudaram para o
concurso (predicado verbal). Eles foram cautelosos. (notemos que, o núcleo do predicado é o nome ‘cautelosos’, que
está ligado ao sujeito ‘Eles’, por um verbo de ligação “foram”, portanto,
também temos um predicado nominal).
Entenda melhor no quadro abaixo:
4)
Complemento - É um
substantivo masculino que significa acabamento e remete para algo que
completa outra coisa. Elemento que se integra a um todo para
completá-lo ou aperfeiçoá-lo. No estudo da sintaxe podemos classificá-lo em: Nominal e Verbal.
d)
Complemento
nominal - quando se refere a um substantivo, advérbio ou adjetivo.
Exemplo: O João está frustrado com o trabalho. (‘com o trabalho’ complementa o adjetivo
“frustrado”)
e)
Complemento
verbal - o complemento verbal complementa um verbo transitivo, indicando
informação sobre a ação do sujeito. O complemento verbal pode ser classificado
em:
→ Objeto
direto – quando não
necessita de preposição.
Exemplo: O vento derrubou a árvore. (a árvore)
→ Objeto
indireto - quando o
complemento é apresentado com preposição.
Exemplo: O bombeiro precisou de ajuda. (de ajuda)
f)
Adjunto - quer dizer ‘junto’, anexo, função de auxiliar ou ajudante. Na gramática, o adjunto pode ser:
→ Adnominal
- quando tem função de adjetivo e se liga diretamente ao substantivo. É o
termo da oração que acompanha, modifica e dá características e atributos a um substantivo. Pode
ser retirado da frase sem alterar a sua estrutura sintática, porque é um termo
acessório da oração.
O adjunto adnominal pode ser representado
por: um adjetivo (agitada,
inteligente), por uma locução adjetiva
(de verão, do rio), por um pronome
adjetivo (aquele, meu), por um numeral
adjetivo (primeiro, mil) e por um artigo
(a, o, uma).
→ Adverbial
- quando tem função de advérbio ou das expressões adverbiais na frase. É um
termo acessório da oração, com função de modificar um verbo, um adjetivo ou um
advérbio, indicando uma circunstância: tempo, lugar, modo, intensidade, etc.
Também pode ser retirado da frase sem alterar
sua estrutura sintática, por ser um termo acessório.
O adjunto
adverbial pode ser classificado em:
- de afirmação |
- sim, com certeza, claro que sim. |
- de assunto |
- de, sobre, a respeito de. |
- de causa |
- porque, por causa de, devido a. |
- de companhia |
- com, junto com, na companhia de. |
- de concessão |
- todavia, contudo, muito embora. |
- de condição |
- se, caso, senão. |
- de conformidade |
- conforme, de acordo, segundo. |
- de direção |
- abaixo, para cima, para baixo. |
- de dúvida |
- talvez, acaso, por ventura. |
- de exclusão |
- menos, exceto, com exceção de. |
- de finalidade |
- para que, a fim de, para, por. |
- de frequência |
- frequentemente, mensalmente, sempre. |
- de instrumento |
- de faca, com uma tesoura, com a pá. |
- de intensidade |
- muito, pouco, demais. |
- de lugar |
- aqui, ali, lá, acolá. |
- de matéria |
- de, com, a partir de. |
- de meio |
- pelo Correio, de ônibus, de carro. |
- de modo |
- bem, mal, melhor, pior. |
- de negação |
- não, nunca, jamais. |
- de tempo |
- hoje, amanhã, ontem. |
QUADRO RESUMO – ELEMENTOS DA SINTAXE
Elementos
da Sintaxe |
Sujeito |
O Protagonista da oração. |
||
|
||||
Predicado |
Predicado Verbal |
|
||
Predicado Nominal |
|
|||
Predicado Verbo Nominal |
|
|||
|
||||
Complemento |
Complemento Nominal |
|
||
Complemento
Verbal |
Objeto Direto |
|||
Objeto Indireto |
||||
Adjunto |
Adjunto Adnominal |
|||
Adjunto Adverbial (*) |
||||
(*) Obs.: O Adjunto Adverbial pode ser
classificado em: |
||||
de afirmação |
de condição |
de intensidade |
||
de assunto |
de conformidade |
de lugar |
||
de causa |
de direção |
de negação |
||
de companhia |
de dúvida |
de tempo |
||
de concessão |
de exclusão |
de frequência |
||
de finalidade |
de matéria |
de instrumento |
||
de modo |
de meio |
|
||
10.6
- ANÁLISE SINTÁTICA
Análise sintática é o estudo da estrutura
de um período, dos componentes das orações que o compõem.
Durante
uma análise, poderemos encontrar dois tipos de períodos: simples ou compostos.
1)
Período Simples
- quando é formados por uma só
oração. Nesse caso é chamada de oração absoluta.
Exemplo: A chuva castigou
a cidade.
2)
Período Composto
- quando é formado por mais de uma oração.
Exemplo: A moça fechou
a porta e dirigiu-se à rua.
-
Quando o período for composto, pode ser: por coordenação (oração
coordenada) ou por subordinação (oração subordinada).
10.6.1
- ORAÇÕES COORDENADAS
Coordenada é sinônimo de sentido, rumo e direção, portanto as orações
coordenadas, não dependem de outra e são ligadas apenas pelo sentido da
oração. Podem ser:
→
Assindéticas - quando não têm conjunção.
→
Sindéticas - quando são introduzidas por uma conjunção coordenativa.
As
conjunções coordenativas são:
1-
Aditivas: ideia de soma – e, nem , mas...
2-
Adversativas: ideia de oposição – mas, porém, contudo.
3-
Alternativas: oferecem outra opção – ou...ou, ora...ora.
4-
Conclusivas: conclui a oração anterior – pois, logo, então...
5-
Explicativas: Continua, explica o sentido – porque, que, logo...
10.6.2
- ORAÇÕES SUBORDINADAS
Nas
orações subordinadas, uma depende da outra, nesse caso existe a oração principal e a subordinada:
→
A oração principal – é a parte que
contém a informação principal, é completa, mas não tem sentido sem o
complemento de outra oração.
→
A oração subordinada – é a que
depende da oração principal para ter sentido, apresenta uma circunstância de
tempo e pode desempenhar a função de substantivo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo: Ele chegou
quando todos dormiam.
-
Ele chegou (oração principal – completa).
-
quando (conjunção – inicia a segunda oração e dá uma circunstância de
tempo)
-
todos dormiam (oração subordinada – precisa da oração principal para ter
sentido; completa a principal e, juntamente com a conjunção, tem função de
advérbio de tempo → Por que função de advérbio? Porque completa o verbo ‘chegou’ quando todos dormiam).
Então,
observemos com mais atenção. As orações subordinadas também variam de acordo com suas conjunções
e podem ser de três tipos: Substantivas, Adverbiais e Adjetivas:
1)
Orações
Subordinadas Substantivas
– quando exercem a função de substantivo e, normalmente, são introduzidas pelas
conjunções que e se.
Exemplo: Convém que
você se esforce.
→
Por sua vez, as orações subordinadas
substantivas são divididas em:
a)
Subjetiva – funciona como
sujeito de uma oração principal.
Exemplo: É importante que
você fale.
b)
Objetiva direta – funciona como
objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo: Ele afirmou que
tudo era verdadeiro.
c)
Objetiva indireta – funciona como
objeto indireto do verbo da oração principal.
Exemplo: Todos necessitam de
receber alimentos.
d)
Completiva nominal
– funciona como complemento de um nome da oração principal.
Exemplo: O povo tinha
certeza de que haveria eleições.
e)
Predicativa – funciona como
predicativo do sujeito da oração principal.
Exemplo: Nosso desejo é que
sejas feliz.
f)
Apositiva – funciona como
aposto de um dos termos da oração principal. Vem normalmente após dois pontos,
vírgula ou travessão.
Exemplo: Espero
sinceramente isso: que você seja feliz.
g)
Justapostas – São as orações
que não iniciam por conjunção e que podem ser iniciadas por pronomes
interrogativos (que, quem, qual, quanto) ou por advérbios interrogativos (onde,
como, quando, por que).
Exemplo: “Quem
espera sempre alcança”. / “O amor é quando
a gente mora um no outro”. (Fernando Pestana)
h)
Agente da passiva – quando o verbo
da oração se apresenta na voz passiva. É apresentado pela preposição por e
eventualmente pela preposição de.
Exemplo: Era amada por
todos. Era estimada de quantos a conheceram.
2)
Orações
Subordinadas Adverbiais
– quando exercem a função de adjunto adverbial da oração principal, podendo
exprimir as circunstâncias de acordo com a conjunção subordinativa que faz a
sua ligação com a oração principal.
→
Além disso, as orações subordinadas
adverbiais também são divididas em:
a)
Temporal – complementa a
oração principal, exprimindo uma circunstância de tempo.
Exemplo: Os índios já
habitavam essa terra quando os portugueses chegaram.
b)
Causal – exprime a causa
da afirmação contida na oração principal.
Exemplo: Como
choveu muito, não houve jogo. Não houve jogo, pois choveu muito.
c)
Comparativa – exprime
circunstância de comparação.
Exemplo: Trabalha como
escravo. Trabalha tanto quanto um escravo
d)
Concessiva – exprime a ideia
de conceder, não negar, admitir.
Exemplo: Ele viajará, embora
a estrada não esteja boa.
e)
Condicional – quando dá a
ideia de condição, de considerar outra hipótese.
Exemplo: Se
ele não estudar, será reprovado.
f)
Consecutiva – aponta uma
consequência do fato expresso na oração principal.
Exemplo: Gritou tanto
que ficou rouco.
g)
Final – exprime circunstância
de fim em relação a oração principal.
Exemplo: O lavrador
trabalha a fim de não perder a colheita.
h) Proporcional – exprime um
aumento ou diminuição proporcional ao declarado na oração principal.
Exemplo: À
proporção que a civilização progride, o romantismo se extingue.
i) Conformativa
– indica conformidade, semelhança em relação a oração principal.
Exemplo: Ela
agiu como sua mãe lhe ordenou. Ela agiu conforme sua mãe lhe
ordenou.
3) Orações
Subordinadas Adjetivas
– quando exercem a função de adjunto adnominal da oração principal, função
própria de adjetivo. São introduzidas por um pronome relativo. (o qual, cujo,
quanto, quem, que, onde)
→ E as orações subordinadas adjetivas podem
ser:
a) Restritiva – restringe,
delimita o sentido do antecedente, que pode ser um substantivo ou um pronome,
por isso é indispensável ao sentido do enunciado.
Exemplo: O
homem que mente é indigno de confiança.
b) Explicativa – justapõe-se ao
antecedente (substantivo ou pronome) já definido, acrescentando uma
característica que lhe é própria. Em outras palavras é uma explicação colocada
entre vírgulas.
Exemplo: O
homem, que é um ser racional, vive pouco.
→
As Orações Subordinadas, também
são introduzidas por conjunções, fazendo sua ligação com as orações
principais:
Exemplo:
A reunião já tinha acabado quando ele chegou.
-
Oração principal: A reunião já tinha acabado.
-
Conjunção subordinativa: quando
-
Oração subordinada: ele chegou.
→
As Conjunções Subordinativas são
divididas em: Integrantes e Adverbiais.
a)
Integrantes:
- Completa o sentido da oração principal. (que,
se)
b)
Adverbiais:
- Causais = a causa da principal. (porque,
que, como).
- Concessivas = ideia contrária. (embora,
ainda que, se bem).
- Condicionais = indica uma condição (se,
caso, contanto que).
- Conformativas = exprime conformidade (conforme,
como, segundo).
as, também
são introduzidas por conjunções, fazendo sua ligação com as orações
principais:
Exemplo:
A reunião já tinha acabado quando ele chegou.
-
Oração principal: A reunião já tinha acabado.
-
Conjunção subordinativa: quando
-
Oração subordinada: ele chegou.
→
As Conjunções Subordinativas são
divididas em: Integrantes e Adverbiais.
a)
Integrantes:
- Completa o sentido da oração principal. (que,
se)
b)
Adverbiais:
- Causais = a causa da principal. (porque,
que, como).
- Concessivas = ideia contrária. (embora,
ainda que, se bem).
- Condicionais = indica uma condição (se,
caso, contanto que).
- Conformativas = exprime conformidade (conforme,
como, segundo).
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