POESIAS

    UM BELO POEMA DO MEU ALUNO E AMIGO GABRIEL LAGUNA, que, infelizmente vai mudar de escola, portanto vamos sentir sua falta. Um dos meus melhores alunos, educado, dedicado e focado nas aulas. 
     Gabriel, que Deus ilumine o seu caminho, com todo o brilho que você merece. Continue pelo caminho que você escolheu, da paz, da dedicação e da honra. Como professor, te agradeço por você ter feito, com maestria a tua parte de aluno, isso me honrou muito. Grande abraço e SUCESSO!





CLAMOR SOLITÁRIO

OLHE... PENSE...

 

OLHE...(1)

Simplesmente olhe para cima

Veja o quanto é grande o infinito

E perceba a beleza do céu.

 

OLHE...(2)

Simplesmente olhe para os lados,

Veja o quanto é bela a natureza.

Ouça os pássaros, sinta o ar

E veja as pessoas ao seu redor,

Ouça as suas vozes e sinta a vida.

 

PENSE...(3)

Pense com calma, busque sua essência,

Descubra o que é preciso para viver

E lembre que ao partir nada se leva

Deixa-se tudo! Até o próprio corpo.

 

PENSE...(4)

Então, por que não deixar coisas boas?

Por que não deixar apenas saudades,

Boas lembranças e muita esperança?

 

OLHE...(5)

Então. Simplesmente olhe para cima

E olhe para os lados... e sinta,

O quanto somos pequenos

E o quanto é curta a vida.

 

PENSE...(6)

Então tome consciência de que,

O mundo nunca será o que eu quero,

Se eu não for como o mundo precisa.

 

MarSan - 06/12/2016


-.-.-.-.-.-.-

É PROIBIDO 













(Alfredo Cuervo Barrero)

-.-.-.-.-.-.-

Alma Gentil

Partiste dessa vida de repente
E ao céu chegaste, certamente.
Venceste a prova que tiveste,
Mas muita saudade nos deixaste. 


Cumpriste a missão corretamente,
Serviste de suporte fortemente.
Passaste nessa vida suavemente.
Chegaste ao céu alegremente.



Ficamos tristes, mas contentes,
O pai te chamou e atendeste.

Amiga e grande combatente,



Deixaste para nós eternamente,

Amor e amizade, para sempre.
Exemplo de coragem persistente.
-.-.-.-.-.-.-.-.- 



DESCONEXÃO VIRTUAL



Ei! Você aí sentado na poltrona,

Com sua tela de cristal impenetrável.

Lembra e vê que ao seu redor muitos sofrem,

Em busca do mínimo pra sobreviver.



Por trás da janela estão os vultos,

De fantasmas reais que você não vê.

Não os vê, pois estão por aí,

Marginalizados em baixo de pontes,

Marquises, porões, mocó, cafundó.

Buscando trabalho, abrigo, um teto, uma mão.



São os excluídos da sociedade,

Segregação, discriminação, inequação,

Num país tão rico, só contradição,

Desvios de verbas, retrocesso, mensalão.



Ei você aí! Algemado num computador,

A vida existe, é breve e dura. Podes me entender?

Além do facebook, twiter, instagran,

Existem mil pessoas depois do ecrã.



(Davi Floydians – 04/08/16)
-.-.-.-.-.-.-.-.-




APENAS EU (Eu Existo)



Penso, logo existo, mas não sou e nem existo.

Uma inverdade, eu sou o tudo,
Uma verdade, eu sou o nada.
Vejo meu rosto vejo no cristal de um prédio,
Um nó na garganta, meu inconsciente.

Nada penso, nada sinto
Teu holograma num canto da alma, não resisto.
E vejo que sou e não sou, nem mesmo existo.
E isso é tudo que sei, no meu inconsciente.

Não sei se sou eu, ou muitos eus,
Ou se são vários outros.
Eu não desejo o desejo dos outros
Mas penso quase igual aos outros.

Me encontrei nuns olhos verdes diamante
E agora me procuro e me encontro
Meu inconsciente
Ela me faz pensar, logo existo.
Um eu multifacetado, mas agora sei quem sou.
Me encontro em sua alma, meu inconsciente.

(David Nitro Floypans – 24-06-16)
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


CABELOS BRANCOS

José Raimundo Moreira (10/04/2016)


Quando me vejo no espelho,

os meus cabelos brancos me fazem caretas,

desdenhando da minha juventude...

Pura incompreensão para me desiludir.

Eles, meus cabelos brancos,

não poderão mais retroceder.

Mas eu continuo e continuarei,

apenas, vendo-os como brancos.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


SIMPLES ALMAS
(Cris - 20/12/15) 
 

Almas que rondam na madrugada,

vampiros de almas que vivem de sugar alegria de outrem,

pensamentos perversos que se perpetuam ao longo do tempo,

procuram alimento para suas angústias e devaneios.
Seres de lamentável sentimento, se corroendo com a felicidade alheia,
contaminando a quem se deixa influenciar pelas falsas palavras....
Corda no pescoço, ânsia por respirar, agonizantes gritos de ira sem precedentes ,
brados que ecoam no subconsciente inundado de dor....
Assim sobrevivem os seres humanos preocupados com seu próprio reflexo,
com sua própria natureza egoísta e incapaz...
Morte de quem está vivo somente para os demais...
Pena!!!
  -.-.-.-.-.-.-.-.-.-


AMOR
(Marco Santiago - 03/03/2016)


Palavra pequena de significado tão grande,

tão fácil de pronunciar, mas nem sempre sentida.

Quem ama não precisa dizer, só precisa demonstrar,

Amor é tão grande que existe de muitas formas:
Amor pelo filho, amor pelos pais, amor pelo irmão,
Amor pelo amigo, amor pelo outro.
Amar não é compaixão,
é abnegação, é colocar-se em segundo lugar.
Amor não é paixão, é doação,
Amar não é querer estar junto,
é querer estar no lugar do outro.
Amar não é repartir, é apenas doar,
Amar não é sentir prazer,
é querer dar prazer.
Isso é simplesmente, amor pelo amor.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

 SEGREDO
(Elói Barni)


Por mais que eu te olhe,
Confesso não vejo.
Perguntar, eu não posso,
Te ferir, tenho medo.
O que guardas contigo?
É mistério?
É segredo?
Teu olhar denuncia
Uma ausência sentida,
Cicatriz que não fecha
E manténs escondida


De um amor que não deu certo,
Mas querias por perto
Para o resto da vida.


Jornal de Santa Catarina – 09/11/2013.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
 
VIVO VERBO
(José Raimundo Moreira)


Não gosto de verbo.
Das pessoas do verbo.
Dos tempos do verbo.
Dos modos do verbo.
O que é verbo?
Não como verbo.
O que é verbo?
Não bebo verbo.
O que é verbo?
Não durmo verbo.
O que é verbo?
Não gosto de verbo.
O que é verbo?
Ah! Comi, Bebi, Dormi.
O que é verbo?
Ah! Nasci, Vivi, Morri.
Vivo verbo! Verbo vivo!
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


SOBREVIVÊNCIA
(Val Pergee)


Raízes que se agarram à Terra
Sugam o invisível pra que haja
Transformação no visível
Clorofila que verte das folhas
Que se multiplicam nas matas
Enfeitando o planeta Terra
Arrojado planeta que se encontra
No final do horizonte
Com o infinito azul do céu.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
EU SOU ASSIM
(Amanda Elizabete de Sousa)


Sorrio.
Choro.
Amo.
Sofro.
Sou feliz,
fico triste.
Não sei, procuro aprender,
Está ruim, procuro melhorar.
Não tenho, vou à luta para conquistar.
Aprecio a vida, ela é para ser vivida.
Curto emoções.
Perdoo sinceramente.
Cresço a cada dia ou pelo menos procuro crescer.
Confio de mais nas pessoas, sei dar e receber.
Erro às vezes, eu sei.
Trabalho com entusiasmo e perspectivas.
Procuro ouvir, mas acabo falando mais do que devia,
Compartilho emoções e alegrias com quem amo.
Faço tudo o que gosto ou quase tudo.
Cometo erros, muitos, mas quem nunca erra?
Reconheço meus erros, aprendo com eles.
Confio na vida, acredito em mim mesma.
Sou feliz!


 Aluna Autora:  Amanda Elizabete de Sousa – Série: 1ª/104 (Ensino médio) – EE Marcos Konder – Ilhota – SC
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


JUIZ-DO-MATO
(José Raimundo Moreira)


Onde andas meu caro sabiá-calado?
Se despertas tamanha curiosidade
Por que não reapareces nesta soledade?
Oh! Selvagem alado!
Tantas vezes olhaste pra mim
Espantado! E voavas às pressas
E me deixaste sempre assim:
Com uma saudade danada dessas!
Bico-de-brasa, bico vermelho,
Cavas tua morada no chão das estradas,
Ou vais morar em aposento alheio,
Mas viverás com as tuas rêmiges cortadas!
Há muito tempo não te vejo
Naquelas manhãs de lampejo
Houve alguma coisa contigo,
Ou foste expulso do teu abrigo
Fui o menino que te viu como brinquedo!
E por que sentiste tanto medo?
Hoje sim, ingrato e fujão,
Temes a morte ou a extinção
Mediaste muitas animosidades, de fato,
Entre os desafetos de corpo plumado
E agora meu caro juiz-do-mato amordaçado?
- Não estás na estrada e nem moras no mato.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


A ÚLTIMA PÁGINA
(José Raimundo Moreira) 


Difícil seria
Desfolhar uma a uma
Daquelas páginas que me atormentaram
Sentindo a solidão e o vento frio
Nos meus lábios finos


Difícil seria
Morder sem dentes todas as
Injustiças que me feriram
Calar, sem forças, os que gritaram aos meus ouvidos
Banir todos os sofrimentos havidos


Difícil seria
Sentinelar todos os imprevistos
Cultuar o que ninguém quis
Andar sobre o impossível
Sanear os pensamentos impuros


Difícil seria
Ter vivido antes das angústias
Porque a vida é assim:
Início, metade e fim
Pois só me resta a mim.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


A CHUVA
(Cícero Galeno Lopes)


Flocos líquidos transparentes descem
Pequenos, leves, inofensivos,
um, depois mais um, depois tantos crescem,
que a terra toda alagam, e os rios


Se elevam, veias da natureza,
e levam a vida a todos os seres.
Ah, quem me dera ter essa firmeza:
de gota em gota construir saberes.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


CRIANÇA
 (Marisa A. Santiago Ávila)


Tens um futuro imenso,
Pois o bem sempre procuras.
Não levas contigo o mal,
E apenas feliz queres ser.

Não sabes ainda,

Que o tempo corre demais
E o quão depressa a vida passa,
Apenas queres aproveitar
o que te é proporcionado,


e todo o tempo do teu mundo,
Ser feliz, é apenas o que queres,
do teu tempo e do teu mundo.
Assim vives os teus dias:


Brincando, rindo,
E distribuindo alegrias;
e assim trarás a felicidade
a todos que te rodeiam,


pois sendo felizes esquecem,
Que o tempo passa depressa,
E que com ele se esvai a vida.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
 
 A VIDA
 (Marisa A. Santiago Ávila)


Todos maldizem a vida,
Descarregam suas feridas,
Dizendo coisas sentidas.
Vida.
Quem és tu? Eu te pergunto.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


SORRISO
 (Marisa A. Santiago Ávila)


Sentada na praça eu estava,
Quando alguém apareceu,
Com um sorriso matreiro,
Que no espaço se perdeu.
Voltei no dia seguinte
E lá estava novamente
Você, com seu sorriso contente,
Olhando-me insistentemente.
E num momento, ao meu lado estavas,
conversando alegremente,
sem ligar se eu te aceitava.
Então minha vida mudou,
Veio o verão e passou,
O teu sorriso faceiro,
Veio o outono e o levou.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-


CAMINHOS DA VIDA
(Maria Tomio Saes – Mary – Publicado no Santa-23/02/13)


Que coisa mais bonita,
Uma história tão antiga
Plantada no coração;
Nem o tempo desbotou


Onde a vida coloriu.
O tempo não passou,
Perdeu-se entre o saber.
Os olhos adentram no tempo,


Batendo a esperança
A favor do vento onde durmo.
É céu de estrelas onde passo,


É chão de sóis.
Respira perfume da vida
Quem na vida respira.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

2 comentários:

  1. - Marco,agradeço pela preferência do meu poema " SOBREVIVÊNCIA", ter sido escolhido para fazer parte do seu blog.
    Val Pergee

    ResponderExcluir