Alma Gentil
Partiste dessa vida de repente
E ao céu chegaste, certamente.
Venceste a prova que tiveste,
Mas muita saudade nos deixaste.
Cumpriste a missão corretamente,
Serviste de suporte fortemente.
Passaste nessa vida suavemente.
Chegaste ao céu alegremente.
Ficamos tristes, mas contentes,
O pai te chamou e atendeste.
Amiga e grande combatente,
Deixaste para nós eternamente,
Amor e amizade, para sempre.
Exemplo de coragem persistente.
DESCONEXÃO VIRTUAL
Ei!
Você aí sentado na poltrona,
Com sua
tela de cristal impenetrável.
Lembra
e vê que ao seu redor muitos sofrem,
Em
busca do mínimo pra sobreviver.
Por
trás da janela estão os vultos,
De
fantasmas reais que você não vê.
Não os
vê, pois estão por aí,
Marginalizados
em baixo de pontes,
Marquises,
porões, mocó, cafundó.
Buscando
trabalho, abrigo, um teto, uma mão.
São os
excluídos da sociedade,
Segregação,
discriminação, inequação,
Num
país tão rico, só contradição,
Desvios
de verbas, retrocesso, mensalão.
Ei você
aí! Algemado num computador,
A vida
existe, é breve e dura. Podes me entender?
Além do
facebook, twiter, instagran,
Existem
mil pessoas depois do ecrã.
(Davi
Floydians – 04/08/16)
APENAS EU (Eu Existo)
Penso,
logo existo, mas não sou e nem existo.
Uma
inverdade, eu sou o tudo,
Uma
verdade, eu sou o nada.
Vejo
meu rosto vejo no cristal de um prédio,
Um nó
na garganta, meu inconsciente.
Nada
penso, nada sinto
Teu
holograma num canto da alma, não resisto.
E vejo
que sou e não sou, nem mesmo existo.
E isso
é tudo que sei, no meu inconsciente.
Não sei
se sou eu, ou muitos eus,
Ou se
são vários outros.
Eu não
desejo o desejo dos outros
Mas
penso quase igual aos outros.
Me
encontrei nuns olhos verdes diamante
E agora
me procuro e me encontro
Meu
inconsciente
Ela me
faz pensar, logo existo.
Um eu
multifacetado, mas agora sei quem sou.
Me
encontro em sua alma, meu inconsciente.
(David
Nitro Floypans – 24-06-16)
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CABELOS BRANCOS
José
Raimundo Moreira (10/04/2016)
Quando me vejo no espelho,
os meus cabelos brancos me fazem caretas,
desdenhando da minha juventude...
Pura incompreensão para me desiludir.
Eles, meus cabelos brancos,
não poderão mais retroceder.
Mas eu continuo e continuarei,
apenas, vendo-os como brancos.
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SIMPLES
ALMAS
(Cris - 20/12/15)
Almas
que rondam na madrugada,
vampiros
de almas que vivem de sugar alegria de outrem,
pensamentos
perversos que se perpetuam ao longo do tempo,
procuram
alimento para suas angústias e devaneios.
Seres
de lamentável sentimento, se corroendo com a felicidade alheia,
contaminando
a quem se deixa influenciar pelas falsas palavras....
Corda
no pescoço, ânsia por respirar, agonizantes gritos de ira sem precedentes ,
brados
que ecoam no subconsciente inundado de dor....
Assim
sobrevivem os seres humanos preocupados com seu próprio reflexo,
com
sua própria natureza egoísta e incapaz...
Morte
de quem está vivo somente para os demais...
Pena!!!
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AMOR
(Marco Santiago - 03/03/2016)
Palavra
pequena de significado tão grande,
tão
fácil de pronunciar, mas nem sempre sentida.
Quem
ama não precisa dizer, só precisa demonstrar,
Amor
é tão grande que existe de muitas formas:
Amor
pelo filho, amor pelos pais, amor pelo irmão,
Amor
pelo amigo, amor pelo outro.
Amar
não é compaixão,
é
abnegação, é colocar-se em segundo lugar.
Amor
não é paixão, é doação,
Amar
não é querer estar junto,
é
querer estar no lugar do outro.
Amar
não é repartir, é apenas doar,
Amar
não é sentir prazer,
é
querer dar prazer.
Isso
é simplesmente, amor pelo amor.
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SEGREDO
(Elói Barni)
Por mais que eu te
olhe,
Confesso não vejo.
Perguntar, eu não
posso,
Te ferir, tenho
medo.
O que guardas
contigo?
É mistério?
É segredo?
Teu olhar denuncia
Uma ausência
sentida,
Cicatriz que não
fecha
E manténs escondida
De um amor que
não deu certo,
Mas querias por
perto
Para o resto da
vida.
Jornal de Santa
Catarina – 09/11/2013.
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VIVO VERBO
(José Raimundo
Moreira)
Não gosto de
verbo.
Das pessoas do
verbo.
Dos tempos do verbo.
Dos modos do verbo.
O que é
verbo?
Não como verbo.
O que é
verbo?
Não bebo verbo.
O que é verbo?
Não durmo verbo.
O que é
verbo?
Não gosto de
verbo.
O que é
verbo?
Ah! Comi, Bebi,
Dormi.
O que é
verbo?
Ah! Nasci, Vivi,
Morri.
Vivo verbo! Verbo
vivo!
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SOBREVIVÊNCIA
(Val Pergee)
Raízes que se agarram à Terra
Sugam o invisível pra que haja
Transformação no visível
Clorofila que verte das folhas
Que se multiplicam nas matas
Enfeitando o planeta Terra
Arrojado planeta que se encontra
No final do horizonte
Com o infinito azul do céu.
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EU SOU ASSIM
(Amanda Elizabete de
Sousa)
Sorrio.
Choro.
Amo.
Sofro.
Sou feliz,
fico triste.
Não sei, procuro aprender,
Está ruim, procuro melhorar.
Não tenho, vou à luta para conquistar.
Aprecio a vida, ela é para ser vivida.
Curto emoções.
Perdoo sinceramente.
Cresço a cada dia ou pelo menos procuro crescer.
Confio de mais nas pessoas, sei dar e receber.
Erro às vezes, eu sei.
Trabalho com entusiasmo e perspectivas.
Procuro ouvir, mas acabo falando mais do que devia,
Compartilho emoções e alegrias com quem amo.
Faço tudo o que gosto ou quase tudo.
Cometo erros, muitos, mas quem nunca erra?
Reconheço meus erros, aprendo com eles.
Confio na vida, acredito em mim mesma.
Sou feliz!
Aluna
Autora: Amanda Elizabete de Sousa – Série: 1ª/104 (Ensino médio) – EE
Marcos Konder – Ilhota – SC
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JUIZ-DO-MATO
(José Raimundo Moreira)
Onde andas meu caro sabiá-calado?
Se despertas tamanha curiosidade
Por que não reapareces nesta soledade?
Oh! Selvagem alado!
Tantas vezes olhaste pra mim
Espantado! E voavas às pressas
E me deixaste sempre assim:
Com uma saudade danada dessas!
Bico-de-brasa, bico vermelho,
Cavas tua morada no chão das estradas,
Ou vais morar em aposento alheio,
Mas viverás com as tuas rêmiges cortadas!
Há muito tempo não te vejo
Naquelas manhãs de lampejo
Houve alguma coisa contigo,
Ou foste expulso do teu abrigo
Fui o menino que te viu como brinquedo!
E por que sentiste tanto medo?
Hoje sim, ingrato e fujão,
Temes a morte ou a extinção
Mediaste muitas animosidades, de fato,
Entre os desafetos de corpo plumado
E agora meu caro juiz-do-mato amordaçado?
- Não estás na estrada e nem moras no mato.
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A ÚLTIMA PÁGINA
(José Raimundo Moreira)
Difícil seria
Desfolhar uma a uma
Daquelas páginas que me atormentaram
Sentindo a solidão e o vento frio
Nos meus lábios finos
Difícil seria
Morder sem dentes todas as
Injustiças que me feriram
Calar, sem forças, os que gritaram aos meus ouvidos
Banir todos os sofrimentos havidos
Difícil seria
Sentinelar todos os imprevistos
Cultuar o que ninguém quis
Andar sobre o impossível
Sanear os pensamentos impuros
Difícil seria
Ter vivido antes das angústias
Porque a vida é assim:
Início, metade e fim
Pois só me resta a mim.
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A CHUVA
(Cícero Galeno Lopes)
Flocos líquidos transparentes descem
Pequenos, leves, inofensivos,
um, depois mais um, depois tantos crescem,
que a terra toda alagam, e os rios
Se elevam, veias da natureza,
e levam a vida a todos os seres.
Ah, quem me dera ter essa firmeza:
de gota em gota construir saberes.
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CRIANÇA
(Marisa A. Santiago Ávila)
Tens um futuro imenso,
Pois o bem sempre procuras.
Não levas contigo o mal,
E apenas feliz queres ser.
Não sabes ainda,
Que o tempo corre demais
E o quão depressa a vida passa,
Apenas queres aproveitar
o que te é proporcionado,
e todo o tempo do teu mundo,
Ser feliz, é apenas o que queres,
do teu tempo e do teu mundo.
Assim vives os teus dias:
Brincando, rindo,
E distribuindo alegrias;
e assim trarás a felicidade
a todos que te rodeiam,
pois sendo felizes esquecem,
Que o tempo passa depressa,
E que com ele se esvai a vida.
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A VIDA
(Marisa A. Santiago Ávila)
Todos maldizem a vida,
Descarregam suas feridas,
Dizendo coisas sentidas.
Vida.
Quem és tu? Eu te pergunto.
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SORRISO
(Marisa A. Santiago Ávila)
Sentada na praça eu estava,
Quando alguém apareceu,
Com um sorriso matreiro,
Que no espaço se perdeu.
Voltei no dia seguinte
E lá estava novamente
Você, com seu sorriso contente,
Olhando-me insistentemente.
E num momento, ao meu lado estavas,
conversando alegremente,
sem ligar se eu te aceitava.
Então minha vida mudou,
Veio o verão e passou,
O teu sorriso faceiro,
Veio o outono e o levou.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
CAMINHOS DA VIDA
(Maria Tomio Saes – Mary – Publicado no
Santa-23/02/13)
Que coisa mais bonita,
Uma história tão antiga
Plantada no coração;
Nem o tempo desbotou
Onde a vida coloriu.
O tempo não passou,
Perdeu-se entre o saber.
Os olhos adentram no tempo,
Batendo a esperança
A favor do vento onde durmo.
É céu de estrelas onde passo,
É chão de sóis.
Respira perfume da vida
Quem na vida respira.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
- Marco,agradeço pela preferência do meu poema " SOBREVIVÊNCIA", ter sido escolhido para fazer parte do seu blog.
ResponderExcluirVal Pergee
Valeu amiga. Coisa boa é para ser compartilhada.
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