CURIOSIDADES


O DNA do Português

Origem de alguns vocábulos ou expressões da língua portuguesa.

. Carrasco – Vem do nome do mais famoso torturador de Lisboa: Sebastião Nunes Carrasco.

. Cheio de nove horas - Vem do século 19, quando às nove badaladas noturnas, as pessoas costumavam voltar para suas casas. Nas províncias do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte existiam leis determinando que após essa hora, qualquer um poderia “ser apalpado e revistado” pela polícia. Daí surgiu a figura do sujeito ‘cheio de nove horas’, aquelas pessoas recatadas e apegadas a normas sociais que evitavam passar por situações difíceis. (José Pereira da Silva, filólogo e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro)

. Chiqueiro – Os porcos eram chamados de ‘chicos’ pelos portugueses. O lugar dos porcos é o chiqueiro.

. Candidato – Vem de cândido, sem mancha. Aqueles que almejavam uma carreira política tinham que apresentar uma vida imaculada.

. Diabo a quatro – Nas peças francesas havia dois diabos para as pequenas diabruras e quatro diabos para as grandes diabruras. Por isso a expressão significa grande confusão.

(revista Guia da Família e do Lar – Ago / 2011)

O que é uma gata?

As gatas fazem o que elas querem, raramente te escutam. Elas são praticamente imprevisíveis, arranham quando não estão contentes.

Quando você quer brincar elas querem ficar sozinhas, quando você quer ficar sozinho elas querem brincar.

Elas esperam que você atenda a cada um dos seus caprichos, são temperamentais, deixam pelos por toda parte.

Elas te deixam maluco e te custam os olhos da cara.

 Algo familiar? Alguma semelhança pode ser mera consciência.

(revista Guia da Família e do Lar – Ago / 2011)

 

Mestre em Negociação
 
Pai: - Filho, escolhi uma ótima moça para você casar.
Filho: Eu prefiro escolher a minha mulher.
Pai: - Meu filho, ela é a filha do Bill Gates.
Filho: - Bem, nesse caso eu aceito.
Então o pai vai encontrar o Bill Gates.
Pai: - Bill, eu tenho o marido ideal para a sua filha.
Bill Gates: - Minha filha é muito jovem para casar.
Pai: - Mas esse jovem é o Vice-Presidente do Banco Mundial.
Bill Gates: - Nesse caso, tudo bem.
Finalmente o pai vai ao Presidente do Banco Mundial.
Pai: - Senhor Presidente, eu tenho um jovem recomendado para ser Vice-Presidente do Banco Mundial.
Presidente do Banco Mundial: - Mas eu já tenho muitos Vice-Presidentes, mais do que necessário.
Pai: - Mas senhor, esse jovem é genro do Bill Gates.
Presidente do Banco Mundial: - Nesse caso ele pode começar amanhã mesmo.
(revista Guia da Família e do Lar – Ago / 2011)

 

Presidente ou presidenta?


Sabemos que a língua portuguesa teve origem no latim, embora exista muita influência de outras línguas. Consta no dicionário latino, Preases: Presidente (palavra masculina e feminina, ou seja comum de gênero, e significa aquele ou aquela que preside.

Pois bem. Alguns dicionários como Michaelis, Priberam, Aurélio e Aulete, acrescentaram ao léxico a nova palavra criada pela primeira mulher presidente do Brasil. Para eles fica assim: sf; feminino de presidente. Esposa do presidente. Mulher que preside; mulher que exerce função de presidente.

E qual é o certo? Presidente ou presidenta?

A professora Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná nos dá uma explicação muito concreta, quando nos fala sobre os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar é mendicante. Já o particípio ativo do verbo ser é ente, ou seja, aquele que é, aquele que tem identidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, é certo adicionarmos à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside seria PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Seria o mesmo que dizer, ao invés de: capela ardente - capela "ardenta"; estudante - "estudanta"; adolescente - "adolescenta"; paciente - "pacienta".

Imaginem essa frase: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.

Mas segundo o professor Pasquale, é normal essas palavras serem iguais para o masculino e para o feminino; o que muda é o artigo (o/a gerente, o/a dirigente, o/a pagante, o/a pedinte). Em raros casos, o uso da palavra fixa como alternativas as formas exclusivamente femininas, onde o “e” final dá lugar a um “a”, por exemplo: “parenta”, forma exclusivamente feminina e não obrigatória (pode-se dizer “minha parente” ou “minha parenta”). Então, no caso de “presidenta”, pode-se dizer das duas formas “a presidente” ou “a presidenta”. Isso quer dizer que Dilma Rousseff tem o direito de escolher como quer ser chamada, assim como sua colega Cristina, que na Argentina, prefere ser chamada de LA PRESIDENTA.

O professor Sérgio Nogueira, também explica que, as duas formas, linguisticamente, são corretas e plenamente aceitáveis. A forma PRESIDENTA segue a tendência natural de criarmos a forma feminina com o uso da desinência “a”: menino e menina, árbitro e árbitra, brasileiro e brasileira, elefante e elefanta, pintor e pintora, espanhol e espanhola, português e portuguesa.

 Assim como há palavras que aceitam as duas possibilidades: o chefe e a chefe ou o chefe e a chefa; o parente e a parente ou o parente e a parenta; o presidente e a presidente ou o presidente e a presidenta…é uma questão de preferência ou de padronização.



CAMÕES  -  Interessante.

Numa prova de vestibular, a seguinte questão:

Interpretar  o seguinte trecho do poema de Camões:

“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer”.

Uma aluna deu a sua interpretação:

'Ah Camões, se vivesses hoje em dia,
tomarias uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Comprarias um computador,
consultarias a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!'

Teve nota máxima. Foi a primeira vez, depois de mais de 500 anos, que alguém entendeu o verdadeiro sentimento de Camões...

De certa forma a aluna tem razão.

Camões tinha uma paixão doentia pela Dinameme, a qual não conseguiu satisfazer devido a morte prematura de sua amada. Se fosse hoje, onde tudo começa pela cama, certamente ele não teria tempo de sentir tudo isso. Sua inspiração para essa poesia, assim como: "Há minha Dinameme!" e "Alma minha gentil que te partiste", veio exatamente da paixão, do desejo quase incontrolável pela amada, pois naquele tempo, as coisas não eram assim tão fáceis. Pesava ainda, contra ele, o fato de ser desconhecido, pois apesar de ter origem numa família burguesa e ter recebido boa educação, era apenas um tal de Pero, ainda não era o famoso Camões dos dias contemporâneos.  


(De qualquer forma sou fã desse cara, principalmente pelo seu estilo metafórico e paradoxal, que tornam sua poesia única).




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