Ensinar quem não quer aprender é
impossível
Sou militar
aposentado e professor, mas não exerço a profissão efetivamente. Costumo
trabalhar nos finais de ano como professor substituto, pois nessa época muitos
professores tiram licença para tratamento de saúde. Nessa atividade vi uma
realidade que, além de me deixar triste, me causou profunda preocupação com o
futuro dos estudantes do ensino público.
É simplesmente impressionante a falta de educação e o desinteresse dos estudantes. Com certeza alguém não está fazendo sua função e, posso afirmar que não é o estado, a escola ou os professores. Dei aulas para o Ensino Médio, no período noturno, em uma escola estadual, e percebi o seguinte: as instalações são ótimas, ar-condicionado em todas as salas, boa merenda, professores dedicados, diretora e coordenadora incansáveis etc.
Já trabalhei em colégios militares, em escolas particulares e, infelizmente, concluí que, para sorte do país, essas instituições existem, pois se todo o estudo fosse público, nossos futuros cidadãos levariam o país ao caos. Para alguém que passou a vida cultivando a hierarquia e a disciplina, isso é muito fácil de perceber.
Os resultados do Enem 2012 caíram em relação aos anos anteriores e, para tentar reverter essa situação, o governo anunciou que faria novos investimentos na qualificação dos professores. Com certeza, nós que conhecemos a realidade, sabemos que os professores são qualificados e dedicados, mas são limitados pela perda forçada de sua autoridade e submetidos a responsabilidades que não lhes cabem.
A educação e o ensino deveriam ser vistos de formas distintas, pois ensinar é função dos professores, mas educar é função da família e o que está estampado é que os pais não estão fazendo a sua parte.
Senhores pais, ensinem seus filhos a respeitar os professores e a querer aprender, pois se eles chegarem à escola com essa determinação, com certeza, os professores os transformarão em profissionais e cidadãos dignos e úteis ao nosso país.
É simplesmente impressionante a falta de educação e o desinteresse dos estudantes. Com certeza alguém não está fazendo sua função e, posso afirmar que não é o estado, a escola ou os professores. Dei aulas para o Ensino Médio, no período noturno, em uma escola estadual, e percebi o seguinte: as instalações são ótimas, ar-condicionado em todas as salas, boa merenda, professores dedicados, diretora e coordenadora incansáveis etc.
Já trabalhei em colégios militares, em escolas particulares e, infelizmente, concluí que, para sorte do país, essas instituições existem, pois se todo o estudo fosse público, nossos futuros cidadãos levariam o país ao caos. Para alguém que passou a vida cultivando a hierarquia e a disciplina, isso é muito fácil de perceber.
Os resultados do Enem 2012 caíram em relação aos anos anteriores e, para tentar reverter essa situação, o governo anunciou que faria novos investimentos na qualificação dos professores. Com certeza, nós que conhecemos a realidade, sabemos que os professores são qualificados e dedicados, mas são limitados pela perda forçada de sua autoridade e submetidos a responsabilidades que não lhes cabem.
A educação e o ensino deveriam ser vistos de formas distintas, pois ensinar é função dos professores, mas educar é função da família e o que está estampado é que os pais não estão fazendo a sua parte.
Senhores pais, ensinem seus filhos a respeitar os professores e a querer aprender, pois se eles chegarem à escola com essa determinação, com certeza, os professores os transformarão em profissionais e cidadãos dignos e úteis ao nosso país.
O VESTIBULAR E O MEDO
Lúcia Machado Haertel - Médica Neurologista - Jornal de Santa Catarina - nº 1322 - 26/10/2013.
É possível se preparar para o vestibular sem medo?
Não! O medo, emoção mediada pela amígdala cerebral, é fundamental. Quando
descontrolado, leva ao pânico e ao estresse, os quais não irão ajudar muito.
Porém, existem áreas cerebrais encarregadas de controlá-lo e usá-lo a seu
favor, sob a forma de cautela e preocupação. Uma pitada de medo melhora o
desempenho cerebral para a resolução de problemas. O vestibular é um grande
desafio. Sem o medo de não passar, o candidato não iria se preocupar... e
deixaria de agir!
Nos desafios com desfecho incerto, o córtex
cingulado anterior é ativado e dá o alerta: você está diante de uma situação de
risco, tudo pode dar errado, então, mexa-se e tome providências! Em seguida,
outras áreas cerebrais especializadas na resolução de problemas serão ativadas.
O medo continuará ali, mas sob controle. O córtex frontal dorsolateral,
responsável pelas funções executivas, dará o primeiro passo: iniciativa,
organização, horários, objetivos e prioridades. Segunda etapa: combater a
procrastinação, mais conhecida como enrolação. Mantenha a concentração e
resista às tentações.
Acreditar no bom resultado é fundamental e ativará
o sistema de recompensa cerebral, dando-lhe motivação para seguir em frente.
Mantenha a amígdala sob controle! Ela tentará fazê-lo entrar em pânico. Não
caia nessa! A ansiedade é inevitável, mas se evoluir para o estresse
prolongado, causará efeitos deletérios para o organismo, dentre eles a morte de
neurônios.
É preciso, sim, estudar muito. Portanto, quem
começou cedo terá vantagem. O cérebro não é capaz de receber, na última hora, o
conhecimento de um ano inteiro. A memória tem limites e precisa de descanso.
Uma boa noite de sono é fundamental para consolidar o que foi aprendido durante
o dia e a atividade física nos intervalos é benéfica. Assim, pensamento
positivo é bom, mas sozinho não resolve! Tem que ser acompanhado de ações
positivas. Se você usou o medo a seu favor e se dedicou, acredite em você e boa
sorte!
Obs:
Ótimo artigo.
Ela foca os vestibulandos, mas serve também para quem se prepara para outros
concursos. Excelentes dicas de como saber utilizar o cérebro em nosso próprio
benefício, afinal é para isso que ele serve e, infelizmente, poucas pessoas lhe
dão a importância e o tratamento que ele merece. Sugiro que todos os jovens e
não jovens leiam esse artigo com muita atenção. (Marco Aurélio F. Santiago)
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