SINOPSE
DO SOS GRAMÁTICA
Professora!
Como se escreve isso?
Essa palavra tem acento?
Esse ‘a’ tem crase ou não?
É com ou sem hífen?
Os professores já estão
acostumados com essas perguntas e sabem que a solução está na nossa “complexa”
gramática. No entanto, aprender o português não é apenas estudar a gramática, é
aprender a consultá-la, como um bom dicionário, tirar dela o que e quando
precisarmos, pois a gramática é uma coleção de regras, cheia de exceções e de porquês.
O nosso português, língua oficial
de um país continental, dividido em cinco grandes regiões: Norte; Nordeste,
Centro-Oeste; Sudeste e Sul; onde somamos 26 estados, com quase 209 milhões de
habitantes, está sujeito a uma imensa variedade cultural, que torna praticamente
impossível manter um padrão de conhecimento e de uso da língua. Há grande
variedade de vocabulários regionais, muitos trazidos pelos imigrantes,
adaptáveis ou não à gramática, influenciam e geram dificuldades na
interpretação e aplicação das regras gramaticais.
Na prática sabemos que até os
mais cultos não dominam as regras da gramática, os erros quando escrevem e,
principalmente quando falam são inúmeros. Isso
justifica nossa afirmação de que a questão não é “estudar a gramática, é
aprender a consultá-la e saber tirar dela o que nos interessa para a situação”
e assim superar as dificuldades causadas pela diglossia, segundo alguns
linguistas. Assim, é visível a diferença da
comunicação escrita e da falada, devido aos diferentes níveis sociais e
educacionais.
Objetivo
do SOS Gramática
A ideia do SOS Gramática surgiu
a partir de anotações diárias durante as aulas de português e perguntas dos
alunos, enquanto se trabalhava a disciplina.
Nesse livro montamos um sumário
baseado no dia a dia das aulas de português. Iniciamos explicando o que é a
gramática, de onde ela vem e para que serve. Seus subtítulos nos indicam as
possíveis respostas para cada dúvida surgida, isso facilita a consulta. Para
tal foram utilizadas várias ilustrações, como algumas que são mostradas a
seguir.
A experiência com alunos
considerados “difíceis” nos levou a procurar uma maneira mais atrativa e
divertida de apresentar os assuntos. O livro contém muitas ilustrações,
fluxogramas, tabelas, exemplos, exercícios e atividades lúdicas.
Então vamos ver o que
poderemos encontrar em cada assunto e pesquisar aquilo que nos interessa no
momento:
1 - A Fonologia e a Fonética –
nos ajudará a entender cada letra que forma a palavra, como usar os sons, as sílabas
e tonicidade.
2 - A Morfologia – como as palavras são formadas, utilizando os símbolos
e os sons tratados na fonologia e na fonética. E a partir da montagem das
palavras, faz uma classificação em grupos, dando uma função a cada palavra, num
determinado texto.
Modo especial
de estudar Classes Gramaticais
3 - A Ortografia – além de nos apresentar o conjunto de letras utilizados
no nosso idioma, também as classifica em vogais, semivogais e consoantes. Aqui
também seremos apresentados às primeiras regras gramaticais, que determinam a
maneira de usar cada signo, som e palavra do nosso léxico.
Na oração: Fui a Copacabana |
Venho de Copacabana |
A oração aceitou as preposições (de, em, por), então não tem crase. |
Moro em Copacabana |
||
Passo por Copacabana |
||
Já na oração: Fui à Gávea |
Venho de Gávea Venho da Gávea |
A oração não aceitou as preposições (de, em, por), exigindo substituição
pelas preposições (da, na, pela),
então tem crase. |
Moro em Gávea Moro na Gávea |
||
Passo por Gávea Passo pela Gávea |
4 - A Semântica - Aqui aprenderemos sobre o significado das
palavras e a interpretação de enunciados. Conheceremos a evolução do sentido
dos símbolos e das palavras, fazendo uma análise com base em duas áreas:
o sincrônico (sincronia dos fatos
que envolvem as palavras e o tempo em que eles acontecem nos lugares ou países
de origem da palavra) e o diacrônico
(evolução histórica da língua, das modificações por ela sofridas ao longo do
tempo).
5 - O Verbo – Essa classe pode ser considerada uma das mais importantes
da gramática, pois é ela dá sentido, movimento e ação ao substantivo e por isso
está envolvida com os temas anteriores (semântica e morfologia). Essa classe
deve ser estuda com muito carinho.
6 - A Concordância – Esse tema também merece
carinho e atenção, pois é aqui que aprendemos sobre a harmonia do texto, tem
grande ligação com o verbo e, juntamente com a coesão e a coerência, tornam um
texto agradável e de fácil compreensão. Têm inúmeras regras, é considerada
complexa, mas é muito importante e considerada nas redações.
7 - A Regência – Aqui veremos a dependência entre as palavras de uma oração e a
relação de concordância entre os termos, analisando o tipo de complemento de um
para o outro. Essa também tem ligação com o verbo, com a concordância e com o
nome (substantivo).
8 - A Coesão
– Faz a conexão, a ligação e harmonia entre os elementos do texto, o entrelaçamento
das palavras, frases e parágrafos, de maneira que um dê continuidade ao outro. Para
isso conta com os elementos de coesão, que têm a função de ligar as partes do
texto.
9 - A Coerência - Outro
instrumento utilizado para encaixar as ideias e dar um sentido ao texto,
tornando-o facilmente compreensível para o leitor. Um recurso que faz a junção
dos sentidos de cada palavra e o relacionamento entre elas, com o objetivo de
fazer com que o leitor, ao ler o texto, entenda perfeitamente o propósito do
autor.
10 - A Sintaxe – Nada mais é que o “ato de
colocar em ordem, de arranjar”; onde
estudamos as funções de cada palavra (forme sua classe gramatical) dentro de
uma frase ou oração e suas relações de concordância, subordinação e de ordem.
Aqui analisamos a estrutura do texto, trabalhando diretamente com a frase, a oração e o período, conjunção, coordenação e subordinação,
elementos ligados durante a construção de um discurso.
11 -
A Estilística – Aqui estudamos os processos que manipulam a linguagem, utilizando
recursos ligados à emoção e à intuição, através das Figuras de Linguagem (Grupo
de Som e Grupo de Palavras), incluindo os Vícios de Linguagem. Recursos normalmente utilizados pelos poetas para
adaptar seus textos com objetivo de atingir leitores específicos. Também pode
ser uma forma de estabelecer a comunicação adequada entre indivíduos e grupos
sociais dentro dos seus próprios padrões de uso da língua.
12 -
A Produção Textual – Vale lembrar
aqui aquela frase já citada: “falar errado não é
obrigatoriamente errado, mas escrever errado, não pode”. Pois é, Produção
Textual, nada mais é que produzir um texto, escrever alguma coisa, uma carta,
uma redação escolar, um artigo, enfim colocar as ideias no papel. Mas da forma
mais correta possível e aí entra a nossa velha e boa gramática, juntamente com
o bom conhecimento básico da ortografia, concordância, coesão e coerência,
entre outras.
Aqui também precisamos estar atentos para:
Ø Os Tipos de Texto (Narrativo, Descritivo, Dissertativo, Argumentativo,
Conversacional e Instrucional);
Ø A Sequência Narrativa (Introdução, Desenvolvimento, Clímax e Desfecho);
Ø Os Mecanismos de Coesão; e
Ø Ter um bom conhecimento sobre os Gêneros Literários.
13 - A Interpretação
de Textos – Interpretar um texto é compreender sua mensagem, seu objetivo e
a função de cada personagem, além de nos capacitar a ter uma visão do próprio
autor e a explicar o texto. Esse tema nos leva, também, aos Gêneros Literários
(Lírico, Narrativo e Dramático) e aos Componentes da Narração (Espaço, Tempo, Personagem e Narrador).
14 - O Glossário – Tanto na produção textual como na
interpretação, é importante darmos atenção ao glossário, que pode aparecer no
início ou no final do texto, é mais comum em artigos técnicos, científicos ou
acadêmicos. O Glossário é um tipo de vocabulário específico, que
tem a finalidade de explicar palavras ou expressões pouco conhecidas ou
estranhas para as pessoas alheias ao assunto abordado no texto.
15 - Finalmente as Dúvidas do dia a dia – Essas são inúmeras e
cada uma com sua especificidade, como:
Ø Quando usar os pronomes
demonstrativos: este/esta, esse/essa, isto, isso, aquilo, aquele/aquela?
Ø Como fica a conjugação
dos Verbos terminados em “ear” e “iar”?
Ø Quando os verbos “fazer” e “haver” são impessoais e como os utilizamos?
Ø Como utilizar as
terminações “izar” com “z” ou “isar” com “s”?
Ø Qual é a forma correta,
“Extensão, Extenção ou Estensão”?
Ø Como escrever o plural
de algumas palavras compostas, como: couve-flor
e guarda-chuva?
Ø E os porquês? Quando têm acento ou não e
quando são juntos ou separados?
Ø Usa-se “Fui eu que fiz” ou “Fui eu quem fez”?
Ø O correto é “A maioria foi” ou “A maioria foram”?
Ø O “Gerundismo”, atualmente muito usado, até por pessoas consideradas
cultas, é correto?
Ø As palavras do nosso
léxico sofrem mudança, aparecem palavras novas com frequência?
16 – Ainda nas dúvidas do
dia a dia temos as mais comuns. Inúmeros erros gramaticais e ortográficos são
cometidos diariamente. Mas o “SOS Gramática” está aqui para ajudá-lo a evitar
esses erros. Vejamos alguns:
Ø Fala-se “mal” ou “mau”?
Ø “Má-criação” ou “malcriação”?
Ø Verbo ‘ter’ no lugar do verbo ‘haver’?
Ø “Mim” ou “eu”?
Ø Assistir "o" ou assistir “ao”?
Ø Preferia ir "do que" ficar ou Preferia ir
"a" ficar?
Ø Cuidado com as vírgulas - Não se usa vírgula separando
o sujeito do predicado.
Ø "Excessão" ou “exceção”?
Ø “Vultoso” ou “Vultuoso”?
Ø “Quatorze” ou “catorze"?
Ø "Intenção" ou “Intensão”?
Ø "Aluga-se" ou “alugam-se” casas?
Ø “Onde” ou “aonde”?
Ø "Seção", “sessão” ou “secção”?
Ø "O grama / Um grama” ou “a grama / uma
grama”?
Ø “Meio” ou "meia"
- quando advérbio?
Ø Uso dos pronomes
oblíquos átonos “o, a, os
e as”?
Ø Sentar-se "na" ou “a” mesa – ou “em”?
Ø Como fica a Terceira
pessoa do plural dos verbos ter e vir?
Ø E a Terceira pessoa dos
verbos oriundos do verbo ter: conter,
deter, manter, reter?
Ø E a Terceira pessoa dos
verbos oriundos do verbo vir: provir
e intervir?
Ø Quando se usa as
preposições “a” e “para”?
Ø Pode ou Pôde?
Ø Estar “a par” ou estar “ao par”?
Ø “Ao invés de” ou “Em vez de”?
Ø “Subscrever” e “sobrescrever”?
Ø “Anexo” ou “em anexo”?
Ø O que são Verbos “não pronominais”?
Ø É correto trocar a expressão
“que nem” pela expressão “como”?
Ø Como é o Superlativo absoluto sintético dos adjetivos
terminados em “io”?
Ø E o Superlativo absoluto sintético de “magro”?
Ø Qual o correto? “De encontro a” ou “ao encontro de”?
Ø Qual a diferença entre “Se não” ou “senão”?
Ø Quando o “artigo” é chamado de “determinante”?
Ø Qual a diferença do “há” e do “a”?
Ø “Meio-dia
e meio” ou “meio-dia e meia”?
Ø Hoje “são” 18 de fevereiro. Ou
hoje “é” 18 de fevereiro?
Ø Existe o Verbo “viger”?
Ø A palavra “óleo” tem acento por que é
proparoxítona ou por que é paroxítona terminada em ditongo?
Alguns exemplos de Exercícios
Cruzada Verbal
Horizontais: 1 – Tempo verbal que
indica um fato já acontecido. 3 – Gerúndio do verbo
‘fazer’. 6 – Verbo de ligação da
2ª conjugação. 9 – Palavra cuja última sílaba
é tônica. 10 – Infinitivo
impessoal de ‘eu remei’. 12 – Abreviação de
‘você’ no ‘msn’. 13 – O que vem da
‘natureza’. 14 – Contrário de
‘entrada’. 16 – Que é adorado. 17 – Verbo ‘dançar’ na
3ª pessoa do plural, presente do indicativo. 19 – Confirmação
positiva. 20 – Bebida feita de
grãos torrados e moídos. 21 – Antônimo de
‘ontem’. 22 – Forma popular de
‘está’. |
Verticais: 2 – Verbo ‘assar’, 1ª
pessoa do singular, pretérito perfeito. 4 – Nós damos, no modo
infinitivo impessoal. 5 – Verbo ‘olhar’, 1ª pessoa
do plural, presente do indicativo. 7 – Verbo da 2ª
conjugação que representa um fenômeno natural. 8 – Gerúndio do verbo
‘amar’. 11 – Verbo ‘crer’ na 1ª
pessoa do singular do presente do indicativo. 15 – Gerúndio do verbo
‘sair’, mais o sufixo de ‘dentuça’. 18 – Canal de filmes da
NET. 23 – Sigla que designa
as pilhas alcalinas pequenas. 24 – Sigla de ‘Asa
Delta’. |
Detalhes
sobre o Baralho Gramatical
O Baralho Gramatical é uma ferramenta
lúdica, para auxiliar na fixação das Classes Gramaticais. Já foi testado em
sala de aula com bons resultados. Uma atividade alegre e divertida muito bem
aceita pelos alunos.
Jogo de Cartas utilizando
as Classes de Palavras – É semelhante ao jogo do jogo de Pif Paf, ou de
canastra.
Material: 01 (um) baralho com 60 cartas.
Montagem
do jogo:
1
- Carta Chave
(também podemos chamar de Curingas): 10 cartas, cada uma com o nome de uma das classes
de palavras.
2
- Cartas Conceito:
10 cartas, cada uma contendo o conceito (explicação) das Cartas-Chave.
Exemplo:
SUBSTANTIVO – Dá nome aos seres,
coisas, sentimentos, fenômenos e estados de espírito.
ARTIGO – Antecedendo os
substantivos e servem para determina-los ou indeterminá-los.
3 - Cartas Exemplos: As 40 cartas restantes são divididas em 10 grupos de 4
cartas. Cada carta terá algumas palavras de exemplo de uma respectiva classe.
Exemplo:
SUBSTANTIVO – Chuva, Cadeira,
Amor, Automóvel.
ARTIGO – o, as, um, umas.
4
- Como jogar:
-
Até10 participantes no máximo. Pode ser menos.
-
Os jogadores escolhem um deles para ser o “mão”, que comandará o jogo.
-
O ‘mão” separa todos os curingas e os embaralha, distribuído uma Carta Chave
(curinga) para cada jogador. Se forem menos de 10, guarda os curingas que
sobrarem.
-
Depois, pega as outras cartas, embaralha e distribui 5 (cinco) para cada
participante. Se forem menos de 10, as cartas restantes ficam no centro da mesa
voltados para baixo. Se forem 10 jogadores, até terminar o baralho.
-
A meta de cada jogador é formar o conjunto correspondente ao seu curinga:
Curinga |
Conceito |
Exemplo
1 |
Exemplo
2 |
Exemplo
3 |
Exemplo
4 |
-
O primeiro jogador compra uma carta no monte, se lhe servir, fica com ela e
descarta outra que não lhe sirva.
-
Na ordem, cada jogador procede da mesma maneira, até que um deles consiga
juntar todo o grupo de cartas do seu curinga.
-
Ganha quem primeiro formar o grupo: Carta Chave, Conceito as suas 4 cartas com
exemplos. (Fig. Abaixo)
No
entanto, se o professor desejar, pode continuar o jogo, da seguinte forma:
-
Conforme o jogador vai fechando a sua classe de palavras, sairá do jogo,
enquanto os outros ficam até cada um completar a sua classe de palavras, com a
carta-chave e seus exemplos. (O professor pode estipular algum tipo de prêmio
aos vencedores).
Observações:
-
Se o número de jogadores for igual a 10, não sobrará o monte para comprar.
Nesse caso, o primeiro jogador descarta uma carta que não lhe sirva, o próximo,
se lhe servir, pega a carta descartada e joga outra, e assim sucessivamente.
Todas as cartas devem ficar disponíveis, para aca jogador pegar qualquer uma
que lhe sir, na sua vez de jogar.
-
As cartas do baralho gramatical, também pode ser montada da seguinte forma. Imprimir
os dados em papel comum ou adesivo, em seguida colados em cartas originais de
baralho, pois é importante manter o lado oposto padronizado para não facilitar
a identificação das cartas pelo verso.
Mais informações no Blog LER E APRENDER:
www.maufesan.blogspot.com e na página do Facebook: SOS Gramática.
Obrigado. O Autor.